Inchaço e retenção de líquidos são alguns dos problemas mais comuns no verão. Por mais que esses sintomas se manifestem nesta época do ano e, normalmente, se resolvam sozinhos com hidratação e alimentação, alguns casos podem evoluir para problemas circulatórios mais sérios. Braços e pernas inchados podem indicar, por exemplo, o linfedema, uma doença crônica causada por uma alteração no sistema linfático.
Muitas vezes, o inchaço que aparece em uma região específica do corpo, como braços e pernas, pode ser confundido com inchaço por conta do calor, lesões ou outros problemas passageiros. Quando isso acontece, acabamos não dando a devida atenção ao sintoma.
As consequências do inchaço anormal incluem fadiga na região, sensação de peso, dificuldade ao se movimentar, dor incômoda na área afetada e mudanças na pele, como descoloração, bolhas, vazamento de fluido e infecções. O linfedema não tem cura, mas existem tratamentos que auxiliam na melhora da qualidade de vida do paciente.
Exercícios específicos, fisioterapia, drenagem linfática, cuidados com a pele e o uso de bandagens elásticas são indicações comuns para o tratamento, que também pode incluir medicamentos associados a terapias localizadas.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas mais frequentes da doença incluem: sensação de dor e peso; inchaço da região afetada, como braço ou perna; dificuldade de movimento; endurecimento e espessamento da pele (fibrose); infecções da pele recorrentes; surgimento de dobras e verrugas na pele.
E podem variar de leves a graves. Por isso é importante procurar auxílio de um cirurgião vascular quando algum dos sintomas se torna recorrente, especialmente no caso do inchaço. As partes do corpo mais vulneráveis à doença, são:
Pernas — De acordo com estudos, até 92% dos casos de linfedema acometem os membros inferiores; pode atingir um dos membros, ou ambas as pernas. Pernas extremamente inchadas, corresponde a este caso. Uma vez que o linfedema costuma se manifestar de forma bastante individualizada, é fundamental a consulta para diagnosticar com exatidão cada caso e elaborar um plano de tratamento.
Pés — O linfedema também pode se localizar em um ou ambos os pés. Nesta região ele costuma apresentar alguma dificuldade adicional para o tratamento, com a natural dificuldade extra de drenagem proporcionada pela circulação linfática, agravada pelo linfedema.
Braços — É o mais frequente entre as pacientes que passaram por tratamento de câncer na mama, e se manifesta no mesmo lado da mama tratada. Nestes casos também é comum seu aparecimento na mão.
Tratamentos
São diversos, segundo o tipo e condição do paciente. Porém, com não há cura total, seu tratamento é paliativo, que muitas vezes pode anular completamente o desconforto provocado pela doença, com resultados satisfatórios. Os principais tratamentos são: meias de compressão; drenagem linfática; medicação; atividade física, com reeducação alimentar associada à atividade física; e aparelhos de retorno venoso que, em alguns casos especiais, a circulação linfática pode ser estimulada através aparelhos especiais.
Dúvidas frequentes
Linfedema não é câncer, são doenças distintas. Em contrapartida, o tratamento do câncer pode ocasionar o surgimento de linfedema até meses ou anos após o tratamento. Em alguns casos, as doenças podem se manifestar concomitantemente.
Tem a ver com obesidade, e uma vez que está relacionada com hábitos de vida menos saudáveis, ela se traduz em dificuldade circulatória. Nesse contexto, a possibilidade da doença se manifestar aumenta. Uma dieta auxilia o tratamento uma vez que torna o corpo mais saudável; estando mais equilibrado oferece mais resistência ao surgimento de qualquer doença, linfedema incluso. A meia de compressão é um importante coadjuvante na terapia.
Acima de tudo, é preciso ter claro que o linfedema é uma doença crônica, que precisa ser diagnosticada e monitorada por médico especializado, o cirurgião vascular. Caso observe o surgimento de um ou mais sintomas procure auxílio médico. (Fonte: clinicazignani.com.br)
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