O dia do Espírito Santo é uma data comemorativa que faz parte do calendário Católico e é celebrado cinquenta dias após a Páscoa. Foi neste dia que o Espírito Santo desceu do céu sob a forma de línguas de fogo sobre os cristãos, conforme narra Lucas em seu livro intitulado Atos dos Apóstolos, quinto livro do Novo Testamento.
Nós, evangélicos, não temos a tradição de dedicar um dia específico ao Espírito Santo, mas acredito ser uma iniciativa interessante a separação de um tempo de culto a Ele. Embora esta celebração aponte diretamente para o cristianismo, sua origem está no Antigo Testamento, e não seria possível compreendermos sua aplicação sem a menção de duas das mais importantes festas do judaísmo, a “Páscoa” e o “Pentecostes”.
Enquanto a Páscoa é a comemoração anual da saída do povo de Israel da escravidão do Egito, Pentecostes celebra a colheita da cevada e do trigo. Esta segunda festa, originalmente chamada de “Festa das Colheitas” ou “Festa das Semanas”, ganhou posteriormente o nome de Pentecostes em alusão ao início de suas comemorações, cinquenta dias depois da Páscoa.
A Páscoa é sabidamente uma festa profética. Da mesma forma que os hebreus mataram um cordeiro e marcaram suas portas com seu sangue em sinal de proteção, saindo em seguida do jugo escravizador do Egito, Cristo nos resgatou da escravidão do pecado, por meio de seu sangue. Foi por isso que o apóstolo Paulo disse que “Cristo é nosso Cordeiro pascal” (I Co. 5:7). Tendo o conhecimento de sua origem, fica mais fácil entendermos uma celebração ao Espírito Santo, pois Ele é quem nos conduz à colheita que gera vida a nós mesmos e a outros que venham a conhecê-lo.
Jesus, ao profetizar sobre a descida do Espírito Santo, esclareceu seus discípulos sobre as razões de sua vinda: “… convém que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vocês; se, porém, eu for, eu o enviarei a vocês. E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” (Jo. 16:7,8)
Acreditamos ser uma boa iniciativa dedicar um dia ao Espírito Santo. Mas não podemos perder de vista que Ele estará entre nós todos os dias e, certamente, poderá nos ajudar a caminhar em tempos de calamidade, como a atual pandemia de coronavírus. Que haja espaço em nossas vidas para que o Espírito Santo caminhe conosco, nesse tempo de adversidade!
*Igreja Ceifa de Nova Friburgo
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