A pandemia trouxe inúmeras consequências, que continuam repercutindo e alterando hábitos em todo o mundo. Uma delas foi o destaque para a chamada Síndrome de Burnout. O estresse provocado pelo confinamento e a angústia à espera da cura e da retomada da vida normal acabaram acometendo muitas pessoas. Em meio ao movimento Janeiro Branco, uma campanha que chama atenção para a saúde mental, um tratamento que vem tendo bons resultados: os exercícios físicos.
“São grandes as chances de a pessoa voltar a sentir bem-estar e perceber a amenização dos sintomas. Durante a atividade física o corpo também produz endorfina e serotonina, que são neurotransmissores responsáveis por promover a sensação de prazer e bem-estar”, ressalta a terapeuta Paola Schiebel, especialista em Terapia do Equilíbrio.
A doença costuma ser causada por exaustão extrema e foi classificada como doença ocupacional desde o dia 1º de janeiro deste ano. Os exercícios são importantes aliados para os pacientes, mas não existe uma lista de atividades físicas recomendadas.
“A pessoa precisa fazer o que for mais agradável. Quanto mais prazer a pessoa sentir realizando aquela atividade, melhor. Então se ela gosta de dançar, pode fazer aulas de dança ou até mesmo dançar em casa. Também é válido realizar caminhadas. Existem inúmeras opções e o importante é a pessoa descobrir a atividade física que lhe agrada, pois, assim ela estará menos propensa a desistir ou deixar de fazer”, avalia.
“Por mais que a pessoa não goste ou nunca tenha praticado atividade física, é importante que comece hoje mesmo, respeitando seu corpo, seu ritmo e suas limitações, pensando no objetivo final que é a saúde física, mental e emocional. A vida é o bem mais precioso que temos e é nosso dever cuidar do nosso corpo, afinal, moramos nele e é quem nos permite viver e ter todas as experiências nesse mundo”, completa.
O número de pessoas que desenvolveram a síndrome durante a pandemia aumentou de forma considerável. Muitas desconheciam a doença e seus sintomas, o que exige um pouco mais de atenção, até mesmo por serem muito parecidos com os da depressão. É importante que se procure um médico, pois ele é quem poderá fornecer o diagnóstico correto.
Os principais sintomas do Burnout são insônia, alteração do apetite, dificuldade de concentração, alterações repentinas de humor, ansiedade, cansaço excessivo, desânimo, desmotivação, dores de cabeça e musculares etc. O acúmulo de sinais e sintomas leva o indivíduo a buscar formas de aliviar o estresse, incluindo o alcoolismo, o uso de drogas e, em casos extremos, o suicídio. Pessoas que se dedicam demais à vida profissional, os workaholics, podem ficar frustradas por não se sentirem reconhecidas ou valorizadas pelo trabalho, e sofrer dessa síndrome. O tratamento para a síndrome pode incluir o uso de antidepressivos e terapia.
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