“Por seres tão inventivo, e pareceres contínuo
Tempo, tempo, tempo, tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo, tempo, tempo tempo”
(Oração ao tempo, Caetano Veloso)
Foram quatro anos e meio. Um tempo inusitado, grande demais para uma Copa do Mundo. Tempo demais para quem espera vinte anos por um título.
E parecia que o tempo não iria colaborar com a festa. O dia amanheceu com chuva, mas aos poucos ela foi embora e deixou que nós, torcedores, pudéssemos assistir à primeira partida do Brasil na 22ª Copa do Mundo de Futebol em qualquer lugar: em casa, nos bares e também no Espaço Arp, que montou uma estrutura com direito a telão para que os torcedores pudessem se emocionar e torcer depois de tanto tempo.
E o tempo fez com que esperássemos até os 17 minutos do 2º tempo para gritarmos goooool! Gol de Richarlison que espera, pacientemente, um protagonismo na seleção brasileira.
Tite, com um tempo muito grande de seleção - desde junho de 2016 - coisa muito rara num tempo de descartes por qualquer derrota - acredita neste time que mescla jogadores com muito tempo de vida e seleção, como Thiago Silva e Dani Alves, com garotos talentosos, como Vini Jr, Antony, Rodrygo.
E era só uma questão de tempo para a seleção brasileira fazer mais um gol: aos 29 do segundo tempo, o capixaba Richarlison fez um golaço, e mostrou porque o “pombo” - apelido dele - tem que voar e se tornar um dos protagonistas desta, que é uma das melhores seleções da Copa do Qatar.
Agora é só esperar a Suíça, na próxima segunda-feira, 28, às 13h, e Camarões, sexta-feira que vem, 2 de dezembro, às 16h, para passarmos para a próxima fase. Uma questão de tempo para conseguirmos o objetivo: o hexa!
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