Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (Ifec-RJ), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, pelo menos 40% dos fluminenses devem comprar presentes para os Pais, por conta do dia dedicado a eles - este domingo, 8. A expectativa é que 5,6 milhões de pessoas garade o papai com um presente. Em 2020, o percentual de pessoas que foram às compras nesta data foi 46,2%. Apesar da queda no percentual neste ano, um outro indicador, de acordo com o estudo, teve aumento: o valor médio dos presentes será de R$ 161,70, superior aos R$ 148,59 do ano passado.
O economista e professor da Universidade Estácio de Sá, José Valmir Pedro, comenta que, neste ano, em termos de receita, o Dia dos Pais está perdendo apenas para o Dia das Mães, o que não é comum. “O valor médio gasto com presentes aumentou no Dia dos Pais porque os presentes para os homens nesta data envolvem, normalmente, produtos eletrônicos, que estão mais caros neste momento, como celular, tablet, TV e computador, enquanto para o Dia das Mães, as compras são voltadas para itens de custo mais baixo, como bolsas, roupas e acessórios. Além disso, os produtos masculinos têm baixa rotatividade e por isso acabam sendo mais caros do que os femininos. Um exemplo disso são as roupas, itens que os homens compram pouco, e sabendo disso o comércio eleva o preço desse produto para ter um bom ticket médio”, avalia o professor.
Valmir Pedro cita também que os ajustes salariais e a facilidade de aquisição com formas de pagamento acessíveis também podem contribuir para a alta do gasto médio neste Dia dos Pais. Na visão dele, esta será uma data oportuna para que os comerciantes acertem a saúde financeira do seu negócio e, até mesmo, saírem de uma situação crítica, visto que muitos perigam fechar suas portas a qualquer momento, como vem ocorrendo desde o início da pandemia.
Vale ressaltar que a pesquisa do Ifec-RJ prevê ainda a injeção de R$ 901 milhões na economia do estado do Rio, frente aos R$ 873 milhões do ano passado. Segundo o professor, a notícia é muito boa. “Os estados brasileiros estão apreensivos com a baixa na arrecadação, pois com a crise trazida pela pandemia, muitas empresas fecharam e consequentemente pararam de contribuir com taxas e impostos, assim como as pessoas que perderam seus empregos, que além de pararem de contribuir passaram a receber auxílios emergenciais, ou seja, o que era um crédito para o governo virou um débito. Portanto, sem dúvida nenhuma, essa injeção melhora a tributação do estado e tudo isso traz uma condição positiva”, acredita.
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