O objetivo de resgatar os melhores tempos do futebol amador de Nova Friburgo vai sendo cumprido a cada ano. Além das competições de bairros e distritos, a Supercopa Saf chegou para arrebatar e reunir os grandes campeões das localidades em uma grande festa.
Desde a primeira edição, em 2013, até o encerramento da competição deste ano, no domingo passado, 6, centenas de atletas, jovens e experientes, desfilaram o seu talento pelos quatro cantos do município, incentivando a parte esportiva e também contribuindo para as economias dos locais que receberam as rodadas.
Depois de dois meses de campeonato, o São Pedro foi o campeão de 2023, ao bater o São Luiz, nos pênaltis, após o empate sem gols no tempo normal. A decisão realizada no estádio Márcio Branco, no Stucky, reuniu centenas de torcedores e marcou o retorno definitivo da Supercopa após o período de pandemia.
“O balanço é bastante positivo. Essa foi a oitava edição, sendo que ficamos três anos sem realizar. Tivemos a pandemia em 2020 e 2021, e o ano passado nós usamos para o planejamento. Voltamos com força máxima e tivemos dois meses de competição, rodando os bairros e distritos da cidade. Esse é o nosso grande objetivo, de dar acesso à toda Nova Friburgo. Tivemos uma competição muito disputada e equilibrada, com dez equipes que se prepararam muito bem”, destaca Jailson Silveira, representante da Comissão Organizadora.
A partir da formatação da Supercopa Saf, há exatamente uma década, alguns objetivos foram traçados. Dentre eles, além do resgate do futebol amador, está a contribuição para a melhoria das praças esportivas de Nova Friburgo. Dez anos depois, os avanços são visíveis, tanto na forma estrutural quanto na organização interna dos clubes.
“Vários campos não tinham um vestiário adequado, ou não tinha segurança. Detalhes mesmo, como uma bandeirinha de canto, que é exigida nas competições oficiais. Hoje todos eles melhoraram bastante a estrutura, se equilibraram. A gente não pode exigir tanto, sabemos das condições e dificuldades de cada clube. Então, a gente sempre orienta e tenta ajudar para o bem do clube, não para receber apenas uma rodada. Todos os campos que percorremos nos atenderam bem. E esse era um dos objetivos a partir da criação da Supercopa Saf”, reforça Jailson.
O título inédito e a presença de muitos jovens na grande decisão revelam outro aspecto fundamental a ser exaltado: o caráter revelador da competição. Antes da Supercopa, competições de base eram realizadas a partir da inauguração do estádio Márcio Branco. As sementes plantadas há cerca de 15 anos começam a dar frutos.
“Tivemos um campeão inédito, e é bom que seja assim para diversificar um pouco. É o significado que colocamos no slogan: “o resgate do futebol amador.” Quando garotos que, há dez anos, faziam parte daqueles campeonatos sub-11, sub-12, que fazíamos quando o estádio Márcio Branco foi aberto, em 2009? São homens feitos aqui, e que hoje são jovens com 24, 25 anos. Foi uma sementinha plantada aqui, junto com o trabalho e o profissionalismo das escolinhas de futebol. Esse é o aspecto mais importante pra gente.”
Com tantos aspectos positivos, a chancela e os investimentos feitos pela SAF, e os apoios da Liga Nova Friburgo de Desportos e da Prefeitura de Nova Friburgo, através da Secretaria de Esportes e Lazer já fica a expectativa pela realização de mais uma edição em 2024.
“Creio que teremos sim. É trabalhoso, difícil, com muitos abacaxis para descascarmos, mas é muito gostoso de fazer o campeonato. Só de ver a repercussão, os comentários sobre o quanto que é legal e organizado, vale a pena. Tivemos um árbitro CBF e FIFA na decisão da Série Ouro. Isso tudo a gente busca para motivar. Essa competição é uma junção, uma união, da SAF com a Liga Nova Friburgo de Desportos, que faz toda a parte burocrática, de regulamento e administrativa com o Geraldo e o Gutierrez, e com a Prefeitura, através da Secretaria de Esportes, nos dando estrutura e suporte. Agradecer também a Tutti-Fruti, que nos deu patrocínio, na pessoa do amigo Marquinho”, finaliza Jailson.
Deixe o seu comentário