Começou a Vacinação: Friburgo recebe quase três mil doses contra a dengue

Campanha acontece em cinco postos de saúde somente para crianças adolescentes de 10 a 14 anos
terça-feira, 25 de junho de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Governo do Estado)
(Foto: Governo do Estado)

A tão esperada campanha de vacinação contra a dengue, enfim, começou nesta segunda-feira, 24, em Nova Friburgo. A prefeitura recebeu 2.691 doses do imunizante de fabricação japonesa Q-denga, da Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) e já está vacinando inicialmente crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Essa faixa etária foi determinada pelo Ministério da Saúde, por ser a que mais teve internações por dengue no Brasil. A imunização ocorre com a aplicação de duas doses, com intervalo de três meses.  

A vacinação contra a dengue em Nova Friburgo acontece, até o término do estoque, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, nas salas de vacina dos prinicipais postos de saúde do município: Sílvio Henrique Braune, no Suspiro; Ariosto Bento de Mello, no Cordoeira; Tunney Kassuga, no bairro Olaria; José Copertino Nogueira, em São Geraldo, e Waldir Costa, no distrito de Conselheiro Paulino. Para vacinar as crianças e jovens é necessário que seus pais ou responsáveis legais os acompanhem e apresentem um documento de identidade, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e a caderneta de vacinação para atualização.     

A vacinação contra a dengue começou a ser ampliada para municípios do interior há cerca de duas semanas, graças ao envio à SES-RJ de 181.280 doses do imunizante japonês. A ampliação da campanha acontece depois de o Governo do Estado do Rio de Janeiro ter decretado o fim da epidemia da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Essa decisão do governador Cláudio Castro foi baseada em índices do Painel de Controle da Dengue que mostram que a incidência de casos positivos no estado está em queda. 

Com o fim da epidemia e a redução de casos, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo passou a fazer divulgações mensais do boletim da dengue, que antes tinha periodicidade semanal. O último boletim, divulgado no dia 5 passado, informou o total de 2.115 casos positivos da doença no município com 12 mortes confirmadas e uma em investigação (dados totalizados desde 1º de janeiro deste ano).

Cuidados e prevenção sempre 

Mesmo com a redução do total de casos de dengue nos municípios fluminenses, os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aeds aegypti não devem parar, nunca, pois ele já se adaptou às condições climáticas e transmite a doença msmo com temperaturas baixas. 

Para prevenir a dengue nunca é demais lembrar que, pelo menos 75% dos focos estão localizados nas residências. “Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e nas áreas em volta delas. Precisamos tampar as caixas d’água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos, retirar água acumulada dos vasos e plantas para evitar focos do mosquito em nossas próprias casas”, advertiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no auge da epidemia no Brasil.

Ela também apelou através de pronunciamento no rádio e TV que as pessoas recebam os agentes de endemias, que irão ajudar a eliminar os focos. “Ajude-os na localização e na erradicação de possíveis focos do mosquito em sua casa e na sua vizinhança”, enfatizou a ministra.

Quase seis milhões de casos no Brasil 

O Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, contabiliza 5.968.224 casos prováveis de dengue e 3.910 mortes confirmadas somente este ano pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Há, ainda, 2.970 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, é de 2.939 casos para cada 100 mil habitantes. Os dados foram divulgados na semana passada, pelo Ministério da Saúde.

Jovens com idade entre 20 e 29 anos continuam respondendo pela maior parte dos casos de dengue no país. Em seguida estão as faixas etárias de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; e de 50 a 59 anos. Já as faixas etárias que respondem pelos menores percentuais de casos da doença são as crianças menores de 1 ano e de 1 a 4 anos, além de idosos com 80 anos ou mais.

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking - 1.813.282 casos - seguido por Minas Gerais - 1.607.043 vítimas e pelo Paraná, com 614.713 casos. Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência, o Distrito Federal responde pelo maior índice, 9.547 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (7.824) e Paraná (5.371).

Chikungunya e zika 

O painel contabiliza, ainda, 220.828 casos prováveis de chikungunya, arbovirose também transmitida pelo Aedes. Em 2024, a doença responde por 121 mortes confirmadas. Há, ainda, 139 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência de chikungunya no Brasil, neste momento, é de 108,8 casos para cada 100 mil habitantes.

Em relação à zika, os dados do painel contabilizam 8.466 casos prováveis em 2024, sem mortes confirmadas ou em investigação pela doença. O coeficiente de incidência no Brasil, neste momento, é de 4,2 casos para cada 100 mil habitantes. (Com informações da Agência Brasil)

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(Foto: Agência Brasil)
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