Casarão do Lazareto, agora da prefeitura, já tem projeto de reforma

Licitação será feita para a restauração completa do imóvel, que já serviu para isolar pessoas com doenças infectocontagiosas
sexta-feira, 10 de junho de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
O casarão do Lazareto: prestes a ser demolido (Arquivo AVS e divulgação PMNF)
O casarão do Lazareto: prestes a ser demolido (Arquivo AVS e divulgação PMNF)

O velho casarão do Larazeto, que está há anos abandonado e iria ser demolido,  vai ganhar vida nova,  agora sob a tutela do município. O prefeito Johnny Maycon  recebeu na última quinta-feira, 9, em seu gabinete,  uma comitiva do governo do estado para formalizar a posse.

Vieram a Nova Friburgo o subsecretário estadual de Gestão Administrativa e Patrimônio, Fabio Serrão; o subsecretário estadual de Relações Institucionais, Adilson Maciel;  e o assessor especial da Casa Civil, Leandro Rosa.

“Em reunião com representantes do governo estadual e do Ministério Público, conseguimos avançar para a cessão do espaço ao município a fim de preservarmos esse importante patrimônio histórico”, disse o prefeito, ex-morador do bairro e que luta pela preservação do imóvel desde quando era vereador.

Uma  licitação será realizada para fazer a  restauração completa do imóvel. O projeto já foi desenvolvido pela Fundação Dom João VI e já existe reserva orçamentária para a execução das obras.

No fim de 2019, um laudo da Defesa Civil obtido com exclusividade por A VOZ DA SERRA já indicava o risco de o casarão desabar. Como se não bastasse a péssima situação estrutural, com grandes rachaduras e até uma árvore crescendo no telhado, o entorno do imóvel já estava tomado por lixo de todo tipo. 

A origem do casarão

Segundo historiadores, o casarão data do fim do século 19 e foi erguido para servir como uma espécie de hospital para pessoas com  doenças infectocontagiosas como a febre amarela.  Foi construído no alto do bairro Lazareto  justamente para que ficasse  isolado da cidade.

Os fundos do casarão serviam como cemitério. Os pacientes internados que morriam no hospital eram sepultados ali, de modo a isolá-los da população para evitar o contágio. Com a evolução da medicina, o hospital  foi aos poucos sendo 

A região do Lazareto, um pequeno loteamento com acesso pela Rua Benjamin Constant, entre o bairro Duas Pedras e o Loteamento São Cristóvão, foi duramente atingido pela enxurrada de janeiro de 2011. Um mês depois, o lugar  parecia uma zona de guerra bombardeada, com  casas destruídas, outras parcialmente derrubadas, muita lama, entulho, lixo e pedaços de construções, móveis, roupas, utensílios domésticos, brinquedos e sonhos espalhados pelo chão.

Situado em área bem íngreme, o Lazareto é cercado por grandes rochas.  No fim da Rua Augusto Souza Freitas, uma encosta deslizou e formou uma imensa avalanche, que engoliu uma casa. Morreram soterrados três jovens e uma menina de 2 anos. Moradores ficaram  perplexos com a força avassaladora da enxurrada, que desprendeu pedras do alto de uma encosta, deixando outras aparentemente vulneráveis a novas quedas. Dezenas de casas ficaram  interditadas.

 

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