Candidata Danielle Bessa poderá ser investigada por disparos no WhatsApp

Ato foi expressamente proibido pela Justiça Eleitoral. Coligação da candidata diz que desconhece a origem das mensagens e que ainda não foi notificada
quinta-feira, 08 de outubro de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Candidata Danielle Bessa poderá ser investigada por disparos no WhatsApp

A candidata do PSL, Delegada Danielle Bessa, é alvo de uma investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE), sobre o possível uso de empresas, robôs ou plataformas de envio de mensagens em massa, via WhatsApp. O ato vai de encontro a legislação eleitoral e a Lei Geral de Proteção de Dados, e será investigado pela 26ª Promotoria Eleitoral. A informação foi confirmada pelo próprio MPE.

Segundo informações do jornal O Globo, eleitores de Nova Friburgo teriam recebido mensagens em que Danielle aparece pedindo votos para a campanha municipal. O telefone emissor dos textos está registrado nos Estados Unidos e é identificado com o nome "Amanda" e tem uma ilustração com foto.

"Oi, O próximo desafio da Delegada Danielle Bessa será resgatar Nova Friburgo acabar com a corrupção, trabalhar pela população, fazer a cidade funcionar, trazendo de volta o sorriso no rosto e o orgulho de cada fluminense. Nova Friburgo merece muito mais! Em 15 de novembro, Vote Delegada Danielle Bessa para prefeita, vice-prefeito Dr. Adalto Lomba. Vote 17!", diz a mensagem, encaminhada por um eleitor ao jornal. O texto também contém um vídeo postado pela candidata nas redes sociais no último dia 28, com a mesma mensagem enviada via WhatsApp.

Conforme informado por A VOZ DA SERRA, em entrevista com a promotora eleitoral Letícia Martins Galliez, da 26ª zona eleitoral, em agosto deste ano sobre as regras das candidaturas, o disparo de mensagens em massa foi expressamente proibido pela Justiça Eleitoral na norma sobre propaganda eleitoral. Os termos de uso do WhatsApp também não permitem o disparo em massa. “Recebi uma noticia, que será investigada. Se confirmada, serão adotadas as providências cabíveis”, informou a promotora.

Em nota, a candidata Delegada Danielle informou que iniciou sua carreira profissional como defensora pública do Estado de Minas Gerais e, posteriormente, em 1999, passou em concurso para delegada da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, posto que ocupa há mais de 20 anos. Cumpridora das leis e da ordem, a candidata deixa claro que não compactua com práticas ilícitas, bem como as que, porventura, possam burlar ou infringir as legislações. “Temos a plena ciência que, o TSE publicou, em novembro de 2019, uma resolução que proíbe o disparo em massa de mensagens com fins eleitorais em aplicativos como o WhatsApp, ato esse que está sujeito a multa e investigação, podendo até resultar na cassação da chapa.”

A coligação Nova Friburgo com Ordem e Progresso informou ainda que está comprometida com a Justiça Eleitoral e com a população e disputa este processo eleitoral de forma transparente e honesta, seguindo todas as leis, resoluções e normativas vigentes. “Por não comungar com práticas ilícitas, visando sempre a lisura do processo eleitoral, deixamos claro que desconhecemos a origem das mensagens recebidas pelo popular e que não temos qualquer tipo de contrato firmado com empresas que prestam serviços de disparos em massa no WhatsApp, assim como não utilizamos robôs e outros meios similares em nossas redes sociais. Portanto, todos os seguidores em perfis e curtidas nas fanpage, quer sejam no Facebook e Instagram, foram conquistados de maneira orgânica”.

“Ressalto que, a candidata vem se despontando nas pesquisas como uma das possíveis vencedoras deste processo eleitoral. Assim, por não ter conchavos políticos e por ser uma candidata pulso firme e ficha limpa, está incomodando e muito seus adversários, que podem estar utilizando esses meios ilícitos ou tentando atribuir a esta candidata tal responsabilidade, para tentarem prejudicá-la nesta campanha. Também, resta salientar que, muitos populares abraçaram a nossa campanha e estão nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens compartilhando e encaminhado os materiais de campanha de forma voluntária, o que não temos como impedir. Seguiremos neste processo eleitoral firmes e fortes buscando sempre o melhor para a população friburguense e seguindo todas as legislações vigentes.", continuou.

Por fim, a candidata informou que, até o momento, a coligação não foi notificada por nenhum ato de investigação do Ministério Público. “Com relação a isso, não temos nada a temer. Esperamos que, de fato, que o MP investigue e encontre os verdadeiros malfeitores desse ato, que tem o intuito de prejudicar a candidatura da delegada Danielle Bessa”.

 

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