Após um ano do decreto que obriga o uso de máscaras, muitos ainda desrespeitam

Estudo mostra que quem usa o equipamento tem quase 90% de chance de não ser infectado
sábado, 08 de maio de 2021
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
(Fotos: Henrique Pinheiro)
(Fotos: Henrique Pinheiro)

 

Em 27 de abril de 2020 começou a valer o decreto municipal que tornou obrigatório o uso de máscaras nas ruas de Nova Friburgo, estabelecimentos comerciais, academias, transporte público e por aplicativo, entre outros locais. Depois de pouco mais de um de vigência da determinação, ainda é possível observar ainda que muitos moradores mostram-se “rebeldes” e saem às ruas sem o equipamento de proteção facial. 

Ainda em 2020, no início da pandemia, quando as máscaras passaram a fazer parte dos itens essenciais, alguns resistiram ao novo hábito, o que ocorre até hoje. No Brasil, o Ministério da Saúde reconhece que cobrir nariz e boca com tecido é uma das ações preventivas mais importantes.  

Nesta sexta-feira, 7, durante pouco mais de 60 minutos, a equipe de A VOZ DA SERRA percorreu alguns pontos do centro de Nova Friburgo e constatou mais de 100 pessoas circulando pelas ruas sem o equipamento ou o utilizando da forma errada. Alguns maus exemplos flagrados vinham de estabelecimentos comerciais, locais que deveriam ser os primeiros a exigir a proteção. Muitos deles, com atendimento presencial, tinham funcionários e clientes sem o EPI, e sem manter o distanciamento, um dos compromissos firmados pela classe e exigência do Executivo para permitir o pleno funcionamento do setor.

Outro flagrante foi de um pedestre que, sem máscara, espirrou sem proteger corretamente o nariz. Isso, próximo a uma mulher que caminhava com criança de colo, também sem máscara. Em outra observação da nossa equipe, flagramos dois homens conversando. Um deles estava com máscara e o outro, não. O homem que estava com a máscara, tentava se afastar um pouco do colega, enquanto este se aproximava cada vez mais.

Também é grande a quantidade de pessoas que utilizam as máscaras de forma errada, sem cobrir totalmente a boca e o nariz. É muito comum ver pessoas nas ruas e nos ônibus com a máscara cobrindo apenas a boca, o que não garante proteção. Nos coletivos, embora seja obrigatório aos motoristas e passageiros utilizarem o equipamento, é comum ver pessoas que entram nos ônibus com a máscara e as retiram ao sentar-se nos bancos ou durante a viagem, impedindo o motorista de exigir do usuário o uso correto do equipamento.  

Transmissão 

Uma das formas de transmissão, segundo cientistas, se dá por meio dos aerossóis. Eles não são vistos e são muito leves. Por isso, podem viajar por maiores distâncias e passar pelas frestas das máscaras sem vedação adequada. Em outra observação de nossa equipe, flagramos dois homens conversando. Um deles estava com máscara e o outro, não. O homem que estava com a máscara, tentava se afastar um pouco do colega, enquanto este se aproximava cada vez mais.

 Um estudo produzido por pesquisadores das universidades UFRGS, UFPel, UFSCPA concluiu que o uso de máscaras reduz em 87% a chance de infecção pelo coronavírus. O estudo também mostra que as pessoas que aderem de forma moderada a intensa ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o vírus.

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: