O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta semana que o corte de R$ 1,7 bilhão no orçamento previsto para o Censo Demográfico de 2021, pode inviabilizar a realização da pesquisa que promove a contagem populacional do Brasil a cada dez anos. Em nota, o IBGE diz que conta com o apoio da Comissão Mista de Orçamento para que o cenário seja revertido.
Inicialmente, estava previsto o orçamento de R$ 2 bilhões para a realização do censo, mas o relator-geral do orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), entregou no último domingo, 21, um parecer com a proposta de exclusão de R$ 1,7 bilhão do valor inicial. “O país necessita das informações geradas pelo Censo, que são essenciais para subsidiar políticas públicas em diversas áreas, especialmente em um contexto de pandemia, onde esses dados são estratégicos para o avanço da vacinação e para o planejamento de infraestrutura em saúde“, reforça a nota divulgada pelo IBGE.
O 13° Censo Demográfico estava previsto para ser realizado em 2020, mas foi adiado por causa da pandemia da Covid-19. A pesquisa é a fonte mais completa de informação sobre as condições de vida da população do país. A direção do IBGE lembrou que além de toda demanda tradicional de equipamentos para realizar o censo, neste ano é necessária proteção extra em decorrência da Covid-19.
“Além de um modelo misto de coleta (presencial, telefone e online) e tecnologia de fronteira de supervisão e monitoramento, os profissionais envolvidos no censo observarão, em todas as etapas da operação, rígidos protocolos de saúde e segurança adotados pelo IBGE, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e as melhoras práticas de prevenção e combate à Covid-19”, informou o IBGE.
Em fevereiro, foram divulgados dois editais de contratação com mais de 240 mil vagas temporárias para realizar o Censo 2021. A previsão era iniciar a pesquisa em agosto com trabalho de campo que deve visitar cerca de 213 milhões de habitantes nos 5.568 municípios do país.
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