Algo mais sobre o universo de Baco, o protetor das vinhas

sexta-feira, 23 de outubro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Algo mais sobre o universo de Baco, o protetor das vinhas

Quando o enólogo Firmino Splendor, fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), decidiu escrever o livro ‘A Epopeia da Uva Isabel no Rio Grande do Sul’, há seis anos, não imaginava o quanto de sua pesquisa se tornaria útil e de conteúdo relevante para o setor vitivinícola brasileiro. A obra traz a epopeia da variedade que transformou o imigrante agricultor num viticultor.

Primeira publicação no Brasil em torno deste assunto e com esta perspectiva, o livro foi lançado na Embrapa Uva e Vinho, em evento que reuniu autoridades da cadeia produtiva da uva e do vinho, enólogos, pesquisadores, estudantes de enologia, sommeliers e imprensa.

Dentre os pioneiros no Brasil, o professor Splendor foi um dos personagens dessa história que fez parte do desenvolvimento dos processos na fabricação de vinhos na serra gaúcha, algo que continua fazendo – um de seus estudos mais recentes deu uma nova visão sobre a produção das uvas Isabel, no sul do país. 

É preciso também destacar a “nova safra” de enólogos, a começar por Gregório Salton, que faz parte da quarta geração da vinícola que leva seu sobrenome. Gregório estudou e trabalhou por sete anos na Argentina para se especializar na indústria que está há décadas na família. É dele o projeto Malbec Classic, feito em colaboração com o grupo argentino Peñaflor.

Outro enólogo com sobrenome conhecido é Adriano Miolo, superintendente da Miolo. Adriano é o responsável pelas safras premiadas da vinícola. Em 2017, o Miolo Single Vineyard Pinot Noir foi premiado com uma medalha de ouro no Concurso Mondial des Pinot, em Sierre, na Suíça.

Além da qualidade dos vinhos, Adriano também garante a expansão do mercado: a Miolo já exporta vinho brasileiro para mais de 30 países. 

Já o interesse de Monica Rossetti aconteceu de forma diferente: a enóloga conta que se apaixonou pelo tema aos 14 anos, quando visitou o colégio de enologia em Bento Gonçalves, sua cidade natal, pela primeira vez. 

Desde então, são mais de 20 anos de profissão. Ela já prestou consultoria técnica para mais de 20 vinícolas na Itália, realizou mais de 33 colheitas e foi condecorada embaixatriz do Espumante Brasileiro na Itália. 

André Larentis começou a produzir vinho escondido da família. Sua primeira experiência, aos 12 anos,  foi com uvas e leveduras furtadas da vinícola da família e fermentadas em duas garrafas pet. Uma delas foi aberta na sua formatura em Enologia. 

De lá pra cá, Larentis foi o responsável pelo Larentis Cuvée Spéciale Brut Rosé, diretor da Associação Brasileira de Enologia (ABE), atualmente dirigida por Daniel Salvador. 

Duas outras figuras que merecem destaque:

Sommelier - Profissional que trabalha nos restaurantes, bares e lojas do segmento e elabora a carta de vinhos. É responsável por tudo que envolva as bebidas no local, desde a escolha para compra até seu recebimento. Especialista, indica e sugere as melhores combinações para cada refeição. Entre uma de suas atividades está servir os clientes e esclarecer dúvidas a respeito da bebida que está sendo apreciada.

‘Enochato’ - É aquela pessoa conhecida dos amantes do vinho, que possui profundo conhecimento sobre o assunto e esforça-se para demonstrá-lo quando está diante dos demais. Fácil de se identificar por sua postura, sempre que pode faz uma apresentação peculiar: inclina a taça, respira dentro dela, gira os olhos e faz comentários técnicos complicados para muitos. Por conta desse comportamento, o vinho ganhou a fama de ser requintado, difícil e enigmático.

(Fonte: blog Vinho Capital)

 

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