A história das vacinas no Brasil é contada a partir do ano de 1804, quando a vacina contra a varíola chegou ao país. Já o século 20 é apontado como o ponto de virada nessa história, com a fundação, entre 1900 e 1901, do Instituto Soroterápico do Rio de Janeiro (futuro Fiocruz) e do Instituto Serumtherápico (futuro Instituto Butantan).
Em 1904, a obrigatoriedade de se proteger contra a varíola gerou o episódio conhecido como Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro. À época, a necessidade de se vacinar se somou a outras insatisfações populares e levou a um motim.
Em 1927, o Brasil promoveu uma campanha de vacinação contra a tuberculose — com a BCG, aplicada até hoje. E 15 anos mais tarde, a febre amarela urbana foi eliminada do país graças à cobertura vacinal.
Em 1973, foi criado o Plano Nacional de Imunizações (PNI), valorizado pela população, dando origem ao primeiro calendário básico de vacinação, em 1977. Já em 1986, surgiu o Zé Gotinha, o simpático personagem que encanta as crianças, e simboliza as campanhas de vacinação contra a poliomielite, aplicada através de gotas. Em novembro de 2024, as gotinhas foram substituídas por via injetável.
O ano de 1995 foi relevante por conta da substituição da vacina monovalente contra o sarampo pela tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aplicada até os dias atuais.
Nos anos que se seguiram, já no século 21, o Brasil seguiu avançando na vacinação de seu povo, e
doenças como tétano, gripe, difteria, coqueluche, hepatite B, catapora, HPV, entre outras, foram evitadas.
Um dos capítulos mais importantes das vacinas no país ocorreu em 2021. Em janeiro daquele ano, foi iniciada a campanha de imunização contra a Covid-19, uma pandemia que dizimou, no total, mais de sete milhões de pessoas em todo o mundo — e mais 700 mil no Brasil.
O Brasil contou com a capilaridade de seu sistema de saúde para agilizar o processo, mesmo enfrentando obstáculos para obtenção de doses. Ainda assim, conseguiu imunizar uma parcela significativa da população. A vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus foi um excelente exemplo da importância da vacinação para salvar vidas, provando que muitas doenças só podem ser devidamente enfrentadas com a imunização em massa.
Ainda que a maior parte da população compreenda a importância das vacinas, a desinformação ainda afasta milhares de pessoas, que ignoram o valor da imunização. Por isso, nunca é demais divulgar e insistir na importância da vacinação.
Bom fim de semana, se cuidem, se vacinem e sigam com saúde!
(Fontes: Fiocruz e MS)
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