Nesta quinta-feira, 1º, quando teve início a Semana Mundial da Amamentação, o Ministério da Saúde divulgou dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, publicado em 2021, que indicam que a prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses no Brasil era de 45,8% naquele ano. O índice, apesar de baixo, representa um avanço em relação às últimas décadas. Em 1986, por exemplo, o percentual no país foi apenas 3%.
Na década de 1970, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Atualmente, a duração média é 16 meses, o equivalente a um ano e quatro meses de vida. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até 6 meses sejam amamentadas exclusivamente com o leite materno. A expectativa do Governo Federal é que esse índice chegue a 70% até 2030. “Que possamos dar esse exemplo a outros países”, avaliou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
No primeiro dia da Semana Mundial da Amamentação, celebrada de 1º a 7 de agosto, o ministério reforçou que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da mortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarréias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte entre recém-nascidos.
Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário. “A amamentação não deve ser tratada como um privilégio e sim como um direito de crianças e mães. Além de direito, ela é fundamental para a garantia da vida dessas crianças e dessas mães”, avaliou o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jersey Timoteo. (Agência Brasil)
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