O verão chegou há cerca de um mês e, mesmo em Nova Friburgo, que sofre com as oscilações de temperatura e clima, há dias em que o calor não dá trégua. As temperaturas altas, o tempo abafado fazem com que, normalmente, aparelhos como ventiladores e aparelhos de ar condicionados permaneçam mais tempos ligados. É neste período que o consumo de energia tem aumento significativo e a conta, no fim do mês, esvazia o saldo no banco.
Pensando nisso, o site "Se liga na conta do ar condicionado" tem oferecido orientações para quem possui o aparelho ou pensa em adquirir um desses. A primeira dica é optar por um modelo que seja inverter. Este é um aparelho que controla a velocidade do compressor do motor — por meio do seu inversor (daí o nome — responsável pela regulação da temperatura). Essa função acaba tornando o ar condicionado mais eficiente, deixando a temperatura no ambiente estável e consumindo menos energia.
Conferir a etiqueta que indica o consumo do aparelho é importante. Se o selo for A do Inmetro, indica que o aparelho tem o menor consumo de energia. Cálculos do International Energy Initiative (IEI Brasil) indicam que a diferença no preço do equipamento mais eficiente se paga num intervalo de cinco a oito meses, dependendo do cenário, com a economia nas contas de luz.
A questão da eficiência energética torna-se ainda mais relevante diante do crescimento no consumo de aparelhos de ar condicionado no país. Hoje, estima-se que o Brasil tenha mais de 28 milhões de aparelhos instalados e uma tendência de crescimento anual de 10%. “Neste momento de pandemia, em que as pessoas estão ficando mais tempo em casa, a tendência é que os aparelhos fiquem ainda mais tempo ligados, ampliando o gasto de energia”, destaca Clauber Leite, do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Em junho, o Inmetro fez uma revisão do seu programa de etiquetagem e elevou as exigências para a indústria. Agora, para conseguir a etiqueta A (que atesta melhor performance), o aparelho precisa ter um Índice de Desempenho de Resfriamento (IDRS) de, no mínimo, 5,50 Wh/Wh. Antes, era de cerca de 3,23 Wh/Wh. A nova etiqueta passa a ser obrigatória em janeiro de 2023. Três anos depois, em 2026, entra em vigor a segunda fase da revisão, e o IDRS mínimo para merecer a etiqueta A passará a ser de 7,0 Wh/Wh.
Além do Idec e do IEI Brasil, a campanha “Se liga na conta” tem o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS), do Engajamundo e do Projeto Hospitais Saudáveis (PHS). Todas essas entidades fazem parte da Rede Kigali, criada inicialmente para defender a aprovação, pelo Governo Federal.
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