Virou febre colorir livros seja para relaxar ou para fugir das telas

Geração Z tem movimentado as redes sociais e influenciado pessoas com a nova mania
sexta-feira, 13 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: divulgação)
(Foto: divulgação)
A geração Z voltou a movimentar as redes sociais com uma nova trend – a dos livros de colorir. Esse hobby não é inédito. Há 10 anos, houve o fenômeno dos livros "Jardim Secreto", com ilustrações de flores e mandalas para colorir que atraíam um grande público. 

Hobby vem atraindo adeptos, principalmente jovens, que têm se engajado em atividades manuais para descansar da rotina intensa
Agora, uma onda de postagens nos apps mais populares trouxe de volta a febre, mas os lápis de cor deram lugar a canetas hidrográficas. Apesar de ser fomentada no mundo virtual, a prática tem sido usada por quem busca se afastar das telas e descansar da rotina. 

As hashtags #bobbiegoods e #coloringbook (livro de colorir) somam mais de 1 milhão de posts no TikTok. Na plataforma, podem ser encontrados vídeos com dicas sobre onde comprar os livros, quais os melhores modelos, como preservar as canetas, além de pessoas mostrando os resultados de suas artes, muitas delas, brasileiras.

Quem não acessa as redes sociais pode estranhar o nome Bobbie Goods, mas trata-se de um dos principais fatores por trás do sucesso da trend. Criada pela ilustradora norte-americana Abbie Goveia, a marca vem lançando publicações com personagens adoráveis da artista. 

Nos desenhos, geralmente aparecem animais como cachorros ou ursos em situações divertidas: fazendo piqueniques, tomando chá, descansando na praia ou cuidando do jardim, entre outros contextos. Outra marca popular é Lucy and Friends. Os livros vêm agradando um público amplo, muito além do infantil.

Busca por bem-estar 

“Geralmente, eu escolho colorir nos momentos em que eu percebo que é importante que eu possa me desconectar do mundo virtual e me reconectar comigo mesma”, diz a psicóloga Mariana Oliveira. Ela conta que entrou na onda depois de ver vídeos no TikTok e no Instagram. 

“As coisas se disseminam muito rápido e acaba criando uma comunidade, e faz com que a gente também tenha esse desejo de se conectar com outras pessoas. A gente acaba se identificando”, disse Mariana, acrescentando que acredita ser um recurso que as pessoas criaram “para lidar com toda essa chuva de informações e de estímulos que acontece diariamente. Geralmente, eu escolho colorir nos momentos em que eu percebo que é importante que eu possa me desconectar do mundo virtual e me reconectar comigo mesma. Depois de um dia longo de trabalho, ou no final de semana”, revelou. 

Já a psicóloga Sofia Sebben, especialista em uso de telas, avalia que o hábito de colorir ganha popularidade justamente pelo contexto de hiperconexão, em que as pessoas buscam atividades que possam servir como um respiro, em meio ao uso excessivo da tecnologia. 

“Faz parte do movimento ‘wellness’, da busca pelo bem-estar. As pessoas estão tentando resgatar atividades fora das telas para que possam se conectar com elas mesmas. São coisas que exigem atenção plena, como pintar, fazer cerâmica, crochê. Colorir é uma atividade com muito potencial antiestresse”, explica. 

Saúde do cérebro

Além de servir como distração e passatempo, colorir é benéfico para a saúde cerebral, segundo a doutora em Educação, Luciana Kraemer. Trata-se de uma das várias formas de "ginástica" para o cérebro.

“Colorir implica movimento, começa por aí. Tanto na infância quanto na fase mais longeva, trabalhar com os dedos, com o indicador, o polegar, é sempre muito importante para ativar as redes neurais. Isso inclusive está ligado a algumas competências, como o pensamento matemático”, explica a especialista.

Ela ressalta que isso é importante para todas as faixas etárias, sobretudo para quem passa muito tempo em frente às telas e não tem o hábito de escrever manualmente. Essa ativação motora também tem impactos cognitivos.

 

(Fonte: Por Sofia Lungui no site gauchazh.clicrbs.com.br)

 

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