Pesquisa mostra que pandemia afastou os homens dos consultórios

Para 92% dos entrevistados, no entanto, a campanha Novembro Azul, é útil ou importante
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico em função da pandemia da covid-19. Com a pandemia em curso, 57% desse grupo acima dos 40 anos afirmaram ter percebido um impacto negativo na saúde, incluindo 9% que consideravam que a sua saúde estaria pior do que antes. Sobre o impacto do novo coronavírus na vida de uma forma geral, 88% desses homens relataram terem sido afetados, sendo que 37% disseram ter afetado muito.

A pesquisa online abrangeu 22 estados da federação e teve 499 participantes. Segundo a SBU, acadêmicos de medicina de diversas cidades do país auxiliaram a coleta de dados. Dos entrevistados, 75% tinham mais de 40 anos, 77% eram do sexo masculino, 2,18% já tiveram um diagnóstico de câncer de próstata e apenas 6% admitiram que, habitualmente, não cuidavam ou não se importavam com a sua saúde.

Sobre a impressão individual de que as pessoas estariam indo menos ao médico ou fazendo menos os tratamentos, 81% dos entrevistados consideraram que sim. De acordo com a SBU, 23% dos participantes da pesquisa relataram ter encontrado dificuldade de acesso ao procurar por consultas ou tratamentos médicos durante a pandemia e 40% disseram que não procuraram.

Dos pacientes masculinos de todas as idades, 33% relataram ir regularmente ao urologista e 3% afirmaram que nunca consultariam esse especialista, demonstrando que ainda existe resistência em relação aos cuidados com a saúde urogenital. Para 92% de todos os entrevistados, no entanto, a campanha Novembro Azul,  de conscientização sobre o câncer de próstata, é útil ou importante.

Câncer de próstata no Brasil

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil são estimados para cada ano do triênio 2020-2022, com 15.576 mortes relacionadas. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.

“A pesquisa nos mostra que o diagnóstico precoce de câncer de próstata, essencial para a cura, neste ano poderá ser afetado se não houver uma procura dos homens pelos serviços de saúde. Mesmo com a crise sanitária em curso, a prevenção não pode ser deixada de lado”, disse, em nota, a urologista Karin Anzolch, coordenadora da pesquisa da SBU sobre o impacto da pandemia na saúde.

Diante desses dados, a SBU reforça a importância da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a saúde do homem. Durante todo o mês, as redes sociais do site Medicina S/A, assim como o Portal da Urologia, oferecem conteúdos voltados ao público, com o objetivo de explicar e trazer informações de qualidade sobre a saúde do homem e, principalmente, o câncer de próstata.  (Fontes: Agência Brasil, medicinasa.com.br e portaldaurologia.org.br)

 

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