Suspeito dos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, o padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira vai para prisão domiciliar integral. A Justiça acolheu um pedido da defesa do religioso, que alegou que ele precisa de repouso, cuidados de higiene e fisioterapia por causa de uma cirurgia de grande porte na coluna, realizada em 20 de março. O padre, denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), foi preso no dia 3 de abril, em Fortaleza, no Ceará. Ele é acusado de ter cometido os crimes de importnação sexual e estupro contr auma mulher, em Nova Friburgo.
Na decisão, a juíza Simone Dalila Nacif Lopes, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Friburgo, afirmou que “a despeito de o acusado responder por crime grave, supostamente praticado mediante abuso da fé alheia, tal fato por si só não tem o condão de gerar a sua prisão preventiva de forma automática, e diante da gravidade do procedimento realizado no requerente, a prisão deve ser convertida em domiciliar, aplicando-se o princípio humanitário constitucional”.
A magistrada listou as medidas cautelares que o padre deve seguir: comparecimento mensal ao juízo de sua residência para justificar e comprovar o endereço; proibição de se ausentar da comarca de sua residência sem a autorização do juízo; comparecimento a todos os atos judiciais portando cópia da decisão pela prisão domiciliar; apresentar, mensalmente ao juízo, por meio de seus advogados, um relatório médico detalhado e atualizado atestando seu estado de saúde; e proibição de manter contato com a vítima e as testemunhas por qualquer meio de comunicação.
O descumprimento de qualquer uma dessas medidas cautelares pode levar Paciolli a ser preso preventivamente de novo. Procurada, a defesa do padre afirmou que “em virtude da situação atual do processo e de sua complexidade, nos manifestaremos no momento oportuno”.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Paciolli teria cometidos os crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável contra uma mesma mulher, em agosto de 2022 e janeiro de 2023, respectivamente, em Nova Friburgo. As investigações foram realizadas pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal do município fluminense.
Na denúncia do MPRJ, é destacado que o suspeito é um líder religioso pertencente à Igreja Católica. O padre é conhecido no Estado do Rio e foi reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus da PUC/RJ até 2022; responsável pela Igreja de São José, na Lagoa, Zona Sul do Rio; e apresentador de programas de televisão na TV Canção Nova. Paciolli também foi o fundador da Comunidade Olhar Misericordioso e soma mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, junto com os da comunidade católica.
Após sua prisão, o padre foi afastado de suas funções pela Arquidiocese do Rio, que abriu ainda uma apuração interna. a PUC-RJ criou comissão para receber denúncias sobre Paciolli. (Com informações do Jornal Extra)
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