Segundo os poetas, a beleza da vida está na percepção das coisas mais simples, daquelas que tocam a alma. Como o voo dos pássaros, o balançar das ondas, um beijo apaixonado, o sorriso puro de uma criança...
Fotografar é fazer poesia com luz, muito mais do que captar imagens estáticas. Em cada foto podemos perceber medo, paz, felicidade. Fotografar ultrapassa os limites de um clique, captura momentos, carrega a magia de eternizar lugares, culturas, pessoas, ao mesmo tempo em que diminui distâncias e estreita laços.
Vez por outra, em reuniões de família num final de semana, buscamos fotos antigas num álbum esquecido em um armário e voltamos ao tempo de cada imagem. Brincamos com o flagrante de expressões espontâneas, das roupas antigas, dos penteados. A saudade dos que se foram aperta e um sentimento de nostalgia nos acomete.
Técnicas e conhecimentos específicos são necessários e importantes, são universais. Mas, a qualidade vem da percepção, a sensibilidade genuína de ver, sentir, compreender e registrar com o coração. Uma tríade inseparável que começa dentro do peito, passa pela mente e é capturada pelos olhos. É na câmera do coração que se realiza a verdadeira fotografia. Um trabalho que é inspiração e encanto a todo momento, dirigido pela supremacia da luz, combinada à forma e volume.
Feliz Dia Mundial da Fotografia a todos aqueles que têm essa paixão internalizada, seja vivendo profissionalmente dessa arte ou mesmo como um hobby. O dia é dedicado a quem gosta de fotografar paisagens num passeio de domingo, às mães que fotografam seus bebês, aos pais e avós que se entregam ao sorriso dos pequenos, aos que registram fatos de modo documental e jornalístico, aos que capturam as fotos mais fantásticas do nosso reino animal, com paixão, percepção e paciência.
Fotografar é a arte que concretiza sonhos aos olhos de quem tem o privilégio de viver essa emoção.
*Juliana Gabrig é professora de português e fotógrafa
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