Estado autoriza, mas município mantém suspensas as aulas presenciais

Rede privada pode retomar as atividades presenciais a partir de segunda-feira, enquanto a rede estadual, em 5 de outubro. Em Friburgo suspensão vale até o próximo dia 30
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Estado autoriza, mas município mantém suspensas as aulas presenciais

Ainda no fim de agosto, o então governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) – afastado do cargo temporariamente pela Justiça –, autorizou a retomada das aulas presenciais em todo o território fluminense a partir da próxima segunda-feira, 14, para a rede privada e 5 de outubro para a rede pública, faculdades e universidades. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial, no dia 19 de agosto, tem caráter de recomendação. O Estado destaca que “os municípios têm autonomia para manter suas determinações e regras”.

Em Nova Friburgo, permanece em vigor o decreto 684, de 26 de agosto, no qual o prefeito Renato Bravo prorroga até o próximo dia 30 a suspensão das aulas presenciais da rede pública municipal de ensino, além das escolas particulare, compreendidas as creches, escolas e universidades particulares.

Já de acordo com o decreto estadual, as aulas presenciais só poderão ser retomadas em regiões que estejam classificadas com baixo risco de contaminação pela Covid-19, em bandeira amarela por, pelo menos, duas semanas seguidas da data prevista para a volta – como é o caso de Nova Friburgo. No entanto, o prefeito Renato Bravo ainda não se manifestou se irá prorrogar a suspensão ou autorizar a retomada das aulas presenciais no município.

Apesar da indefinição quanto ao retorno, ou não, das aulas presenciais em Nova Friburgo, diversas instituições de ensino, sobretudo as particulares, já estão se movimentando para receber novamente os alunos, caso haja autorização por parte da prefeitura. Nesse sentido, o Colégio Anchieta, uma das escolas mais tradicionais de Nova Friburgo, se posicionou recentemente sobre a possível retomada das aulas presenciais. Em 10 de julho a instituição já havia publicado em seus canais oficiais um Plano de Regresso às Atividades Presenciais (PRAP), que traz uma série de normas de prevenção à Covid-19.

Já na edição de agosto e setembro do Informe Anchieta, publicado no site da instituição, o colégio informa que “vem colocando em prática diversas ações voltadas para a preparação dos espaços físicos do colégio, bem como a formação de professores e demais colaboradores. As salas já estão sendo preparadas com demarcações nominais das mesas, e os espaços do colégio estão sendo mapeados para receberem as sinalizações com protocolos obrigatórios e itens de higiene. Além disso, o quadro de horários que se colocará em prática nesta conjuntura também vem sendo construído. Todavia, é fundamental salientar que este retorno só ocorrerá quando houver obrigatoriedade legal para isso”.

População é contra a retomada

Para 72% dos brasileiros das classes A, B e C, os alunos só deveriam voltar a ter aulas presenciais depois que uma vacina para o novo coronavírus estivesse disponível. Isso é o que apontou uma pesquisa Ibope divulgada pelo jornal "O Globo" na última segunda-feira, 7. O levantamento foi feito entre os dias 21 e 31 de agosto, pela internet, com 2.626 pessoas com mais de 18 anos e das classes A, B e C. O nível de confiança é de 95% dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa quis saber se os entrevistados concordavam com a afirmação de que o retorno dos alunos à sala de aula deve ocorrer somente quando houver uma vacina. O resultado foi: 54% concordam totalmente com a afirmação; 18% concordam parcialmente; 12% não concordam, nem discordam; 7% discordam parcialmente; 6% discordam completamente; e 3% não souberam responder.

Com as portas fechadas desde meados de março por causa da pandemia, escolas no Brasil enfrentam a indefinição sobre a retomada das aulas. O Amazonas foi o primeiro a voltar com as aulas presenciais, em 10 de agosto. No entanto, professores pediram ao governo a suspensão das aulas por causa do aumento de casos de Covid-19 na categoria. Na última semana, o Pará também iniciou a abertura das escolas particulares e de municipais em algumas cidades. No estado de São Paulo, no entanto, as escolas também puderam retomar as aulas presenciais nesta semana, mas a adesão foi baixíssima, evidenciando que os pais ainda estão inseguros de levaram os filhos para a escola. 

 

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