A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas de luz dos brasileiros terão acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês de julho. A cobrança adicional nas contas com vencimento a partir de agosto vai ocorrer por causa do acionamento da bandeira tarifária amarela.Segundo a agência, a estiagem dos últimos meses, a previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia, com a possível elevação das temperaturas justificam a tarifa extra. O alerta foi publicado pelo Governo Federal na última sexta-feira, 28, no Diário Oficial da União.
"Essa é a primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde, ou seja, sem qualquer cobrança adicional nas contas. Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas", afirmou a Aneel.
A previsão de escassez de chuvas e as temperaturas mais altas no Brasil aumentam os custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. Dessa forma, é necessário acionar as usinas termelétricas, que possuem custo maior.
Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico e o preço da energia.
As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, sem cobrança.
Bandeira amarela mais barata
Em março, a Aneel aprovou redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com o ajuste, os preços ficaram assim:
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bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
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bandeira amarela (condições menos favoráveis) – redução de 37% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh.
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bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – redução de 31% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh.
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bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – redução de 20% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh.
Efeito da redução da tarifa vai durar pouco para os friburguenses
Para os clientes residenciais da concessionária de energia elétrica Energisa em Nova Friburgo, os efeitos da redução de 2,77% na tarifa para os clientes de baixa tensão (residenciais B1) em vigor desde 22 de junho, serão praticamente “engolidos” a partir das contas que terão vencimento em agosto, devido a adoção da bandeira amarela, que já está valendo desde esta segunda-feira, 1º.
Já os clientes de média e alta tensão (comércios de médio e grande porte e indústrias friburguenses), terão um impacto ainda mais significativo nas contas, pois em vez de redução na tarifa de consumo, a Annel autorizou reajuste de 2,29% desde o último dia 22 de junho. E a partir desta segunda-feira, 1º, o faturamento deste público também passou a ser acrescido da taxa extra referente a bandeira amarela. (Com informações do G1 e Agência Brasil)
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