A origem das atrações que divertem crianças e adultos

30 de Janeiro — Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos

Em 1984, a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo (AQC-SP) realizou uma pesquisa na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e verificou que o Brasil era pioneiro na publicação dessa linguagem. Descobriu, então, Ângelo Agostini, um italiano radicado no país, que em 1867 começou a publicar seus desenhos e charges no Cabrião, jornal de São Paulo. 

Já estabelecido no Rio de Janeiro, em 30 de janeiro de 1869 Agostini fazia uma série no semanário Vida Fluminense, onde publicou o que se considera o primeiro quadrinho brasileiro: As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte. Em forma de páginas duplas, a cada semana a história mostrava Nhô-Quim viajando de Minas Gerais para a corte do Rio de Janeiro. 

Depois da descoberta, a AQC-SP levou toda a documentação das pesquisas aos órgãos responsáveis para conseguir que esse dia, 30 de Janeiro, entrasse no calendário oficial do Brasil como o Dia do Quadrinho Nacional, o que ocorreu um ano depois, em 1985.

O italiano Ângelo Agostini (1833-1910) viveu na França e chegou ao Brasil ainda adolescente. Seu trabalho foi essencial para a evolução da caricatura e do cartum como instrumentos políticos na imprensa nacional. Considerado o pai brasileiro das HQs, foi um dos fundadores da mais importante revista de história em quadrinhos do país no século passado, O Tico-Tico.

31 de Janeiro — Dia Mundial do Mágico

O ilusionismo era um tipo de entretenimento muito difundido e com grande recepção popular no século XIX. Muitos truques beiravam à fantasmagoria e confundiam-se com relatos de aparições espectrais, dada a eficácia de alguns dispositivos tecnológicos, como a lanterna mágica, desenvolvida pelos franceses Paul Philidor e Étienne-Gaspard Robertson. 

Muitas pessoas seguiam a trilha dos grandes ilusionistas nessa época para levar diversão aos outros e obter alguma renda a partir disso. Esse era o caso de São João Bosco, que, além de ser considerado Padroeiro dos Mágicos, é também tido como Padroeiro dos Jovens.

Esse santo ficou conhecido na vida adulta por ser um dos maiores santos místicos da modernidade, na esteira dos espanhóis São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila. São João Bosco tornou-se notório pelas revelações que lhe eram apresentadas em visões e sonhos. Seu processo de canonização foi aberto no fim do século XIX, mas só em 1934 ele seria considerado efetivamente santo pela Igreja Católica, sob a autoridade do Papa Pio XI.

Sobre São João Bosco — Nascido em 16 de agosto de 1815, em Becchi, na Itália, São João Bosco faleceu em 31 de Janeiro de 1888, na cidade de Turim. A escolha dessa data para homenagear os mágicos teria sido iniciativa de mágicos da Espanha, e o motivo principal era o fato de São João Bosco ter praticado truques de ilusionismo quando era adolescente a fim de ajudar nas despesas de casa.