Mark Elliot Zuckerberg, o homem que conectou o mundo

Amigo brasileiro participou, em Harvard, da criação do Facebook, em 2004
sábado, 08 de fevereiro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Mark Zuckerberg (Reprodução da web)
Mark Zuckerberg (Reprodução da web)

Filho do dentista Edward Zuckerberg e da psiquiatra Karen Kempner, Mark Elliot Zuckerberg nasceu em White Plains, condado de Westchester, estado de Nova York, em 14 de maio de 1984. Desde criança  mostrava interesse por computadores. Entre 1998 e 2000, estudante da Ardsley Hight School, se destacou em artes e culturas clássicas. Nesse mesmo período, já aprendia Programação Básica com o desenvolvedor de software David Newman e ingressou no Mercy College, onde se graduou em programação.

Durante o curso no Mercy College, Zuckerberg desenvolveu um programa de mensagens que denominou “ZuckNet”, que permitia a comunicação de todos os computadores de sua casa e também foi usado por seu pai no consultório dentário. 

Ao deixar a Hight Scool, ingressou na Phillips Exeter Academy, e em 2001, aos 17 anos, criou um software (em um projeto escolar), capaz de rastrear as preferências musicais dos usuários on-line, que denominou “Synapse Media Player”.

O Synapse chamou a atenção de diversas empresas, que lhe valeu a proposta milionária da Microsoft, que queria não apenas comprar o programa, como contratá-lo. Mas Zuckerberg recusou as propostas. Em 2002, com 18 anos, ingressou na Universidade de Harvard, onde seguiu desenvolvendo sites inovadores, ao lado de um grupo de amigos. 

Nessa época, baseado nas páginas com informações pessoais e fotos criadas pelos irmãos Cameron e Tyler Winklevoss (foto), Zuckerberg criou o “Facemash”, site que publicava fotos das estudantes e permitia os rapazes a oportunidade de votar nas mais bonitas.

Com a colaboração e o apoio financeiro de seu melhor amigo em Harvard, o brasileiro Eduardo Saverin (foto), e mais dois colegas, em fevereiro de 2004, depois de meses de desenvolvimento, foi lançado o “the facebook.com”, que logo estourou em Harvard e se espalhou por outras universidades. 

Quando o Facebook virou febre, ele abandonou a universidade e mudou-se para o Vale do Silício, na Califórnia. O que ocorreu a partir daí está no centro de uma polêmica, acusado de ter copiado o projeto dos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, e por ter ejetado do site o amigo e sócio Saverin. O filme "A Rede Social", de 2010, conta em detalhes esses fatos. 

Com uma meteórica trajetória, o Facebook tornou-se o maior site de relacionamentos da internet. Em 2008, quando Mark Zuckerberg ingressou na lista da Forbes, tinha 24 anos e tornou-se o mais jovem americano a compor o panteão dos mais ricos da lista. Mark Zuckerberg transformou o Facebook em uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo. Recusou ofertas bilionárias para vender quando o negócio começava a decolar.

Em 2012, ele casou-se com a namorada, a médica de origem asiática Priscilla Chan, que conheceu na faculdade, com quem já morava desde 2010. O casal tem duas filhas - Maxima e August - de 3 e 5 anos, respectivamente. No dia do nascimento da primogênita, foi anunciada a doação de 99% das ações da empresa para a sua própria fundação filantrópica, a “Chan Zuckerberg”. Os valores serão doados gradativamente, ao longo de sua vida.

O Facebook não parou de crescer, e em fevereiro de 2014, Zuckerberg pagou 19 bilhões de dólares pelo aplicativo WhatsApp, o maior aplicativo de troca de mensagens pelo celular. Antes, em 2012, ele já havia comprado o Instagram por apenas um bilhão. E a história continua...

Curiosidades sobre o presidente do Facebook

O interesse de Zuckerberg por programação começou quando seus pais lhe deram um livro chamado “C++ para Idiotas”. Desde então, ele começou a criar programas, apontado por um professor particular um menino prodígio.

De origem judaica, o dono do Facebook fez seu Bar Mitzvah (rito de passagem que os meninos judeus têm aos 13 anos de idade para marcar sua maturidade) com o tema do Star Wars. Por coincidência, a data de aniversário de Mark é a mesma de George Lucas, o criador de Guerra nas Estrelas.

Criado em uma família de empreendedores, o CEO do Facebook também aposta no ramo de designer de joias. Foi ele quem desenhou a aliança de sua esposa, Priscilla Chan, avaliada em 25 mil dólares. Ambos são vegetarianos.

Poliglota, ele fala fluentemente francês, hebraico, latim, grego antigo e mandarim. Por ser daltônico (confunde as cores vermelha e verde), o Facebook é todo baseado em tons de azul. Seu livro preferido é “Ender’s Game”, do americano Orson Scott Card, traduzido no Brasil como “O Jogo do Exterminador”. Seu maior ídolo é Bill Gates. 

Mark e esposa são considerados grandes filantropos, assim como Gates, que doa parte de sua fortuna para instituições de caridade. Em 2013, Priscilla foi eleita a americana mais generosa do mundo, após doar 18 milhões de ações do Facebook para um fundo sem fins lucrativos do Vale do Silício, o equivalente a quase um bilhão de dólares na época.

Para garantir a privacidade e segurança da família, Mark pagou 30 milhões de dólares para comprar as casas vizinhas à sua. A ideia lhe ocorreu ao saber que uma construtora estaria interessada em comprar os imóveis para revender como sendo “as casas vizinhas a Mark Zuckerberg”.

O jovem CEO procura estabelecer objetivos a serem seguidos ao longo de cada ano, como: ler um livro por semana, aceitar usar terno e gravata em determinadas ocasiões, fazer amigos fora do Facebook, e ter mais controle do Facebook, após escândalos de vazamento de dados. Sua citação preferida seria de Albert Einstein: “Faça as coisas do modo mais simples possível, mas não simplista”.

Em abril de 2018, Zuckerberg enfrentou momentos difíceis após a rede social receber críticas por permitir a disseminação de discursos de ódio e de notícias falsas. Ele testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos, assumindo a  responsabilidade por não proteger os dados privados dos usuários da rede social. 

"Não fizemos o suficiente para evitar que estas ferramentas fossem usadas de maneira maliciosa", reconheceu. E admitiu o fracasso em evitar que a plataforma fosse usada para fins negativos, para “‘fake news, interferência estrangeira em eleições, discursos de ódio, bem como por desenvolvedores”.

 

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