UMA NOVA edição de um estudo da Fundação Abrinq, divulgada recentemente mostra que os indicadores sociais relacionados às crianças e adolescentes brasileiros pouco mudaram e estão longe de atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020.
O DOCUMENTO REÚNE 20 indicadores sociais, como mortalidade, gravidez na adolescência, escolaridade, creche, trabalho infantil, saneamento básico, violência, entre outros. Avaliando cada um deles, é possível verificar que a pobreza e a desigualdade estão presentes em todos.
ENTRE OS BRASILEIROS de até 14 anos, 40% vivem na pobreza. O cenário é pior no Nordeste e no Norte, com, respectivamente, 60% e 54% de jovens nessa situação. A extrema pobreza (renda de até R$ 238,50 per capita/ano) atinge 5,8 milhões de crianças e adolescentes.
CERCA DE quatro milhões de jovens moram em favelas. Aí, muitos deles são recrutados pelo trabalho infantil, quando não vão parar no tráfico de drogas. Em 2016, 18,4% dos homicídios no Brasil tiveram como vítimas menores de 19 anos, 80,7% deles assassinados por armas de fogo.
NO PAÍS, 17,5% das adolescentes foram mães antes dos 19 anos. Crianças e mães não recebem cuidados adequados de saúde. A mortalidade materna e infantil é alta. O aleitamento materno não é exclusivo. Faltam creches para 70% das crianças que precisam delas. Entra governo, sai governo, as propagandas oficiais mostram as exceções.
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