O frio pede passagem

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Parece que o frio, enfim, começa a dar o ar de sua graça em nossa cidade, chegando de mansinho, e espantando o calor de um dos outonos mais quentes dos últimos anos. No último fim de semana a sensação térmica foi mais baixa, em função dos altos índices de umidade relativa do ar, em torno de 90%. Mas, a madrugada de segunda feira já foi bem fria, com os termômetros, no Cônego, marcando dez graus. A tendência é, daqui para frente, esfriar ainda mais.

Daí a importância de usar agasalhos adequados, principalmente as pessoas da primeira e terceira idades. Essas são mais vulneráveis às mudanças de temperatura e sujeitas a uma série de doenças que têm maior incidência nos meses mais frios. A prevenção é a arma mais importante que dispomos para evitar certas doenças. Portanto, a vacinação contra a gripe e a pneumonia é importante nas faixas etárias citadas, pois a pneumonia em pessoas de mais idade pode ser fatal. Pagar para ver nunca é uma boa opção.

As doenças com maior incidência no inverno são aquelas ligadas ao aparelho respiratório, pois à medida que o ar fica seco e frio, ele torna-se carregado de partículas de poeira e poluição e o nosso sistema respiratório precisa trabalhar mais. Além disso, nessa época do ano nos mantemos mais dentro de casa e o maior contato com germes é a receita perfeita para um resfriado. A seguir uma lista com as doenças mais comuns dessa época do ano.

O resfriado comum é o campeão dessa época com seus sintomas típicos de coriza, congestão, dor de garganta e espirros. Na maioria dos casos são causados por um vírus, duram no máximo uma semana e não resultam em problemas sérios de saúde. Medidas de higiene como lavar sempre as mãos e as superfícies da casa, um ambiente arejado além de uma boa alimentação, atividade física regular, sono adequado e manter-se agasalhado são maneiras seguras de evitar problemas.

A gripe apresenta  febre, mal-estar e tosse seca. Pode durar mais de uma semana e os sintomas são muito mais fortes que os do resfriado comum. A prevenção mais eficaz contra a gripe é a vacinação, especialmente para quem se enquadra em um "grupo de risco", que inclui idosos, mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas. Embora a vacina não proteja contra todos os tipos de vírus, ela pode reduzir o risco de contrair a gripe.

Depois surge a pneumonia, muitas vezes como consequência de uma gripe forte, que enfraquece as defesas do organismo e o deixa vulnerável às bactérias, sobretudo os pneumococos, estafilococos, estreptococos e o haemophilus influenza. A febre é mais alta, de 38 graus para cima, acompanhada de tosse produtiva, dores na região do tórax, onde se situam os focos de infecção e o paciente pode se apresentar enfraquecido e debilitado. O tratamento é á base de antibióticos e muitas vezes pode requerer uma internação. O médico deve ser consultado assim que surgem os primeiros sintomas. É uma doença de risco.

Muito comum, também, nessa época do ano são as rinites e a asma brônquica. Ambos os problemas podem ser causados por alergias que pioram durante o ar gelado. Respirar um alergeno como poeira, geralmente, desencadeia a rinite e os sintomas incluem coriza e espirros. A asma brônquica é uma inflamação dos brônquios, as passagens que levam o ar para os pulmões, o que provoca tosse e falta de ar. A melhor maneira de preveni-las é ficar longe de fumantes e pessoas com resfriados, comer muita fruta e vegetais frescos, ter uma atividade física regular e usar medicamentos antialérgicos recomendados por um médico.

Não podemos deixar de citar também as sinusites e otites, na maior parte das vezes de origem bacteriana, causando febre alta e dores na face ou no ouvido. Também podem ser de origem virótica, portanto aos primeiros sintomas, um otorrino deve ser consultado. As otites e sinusites, dada a proximidade com o cérebro podem evoluir para uma meningite. Todo cuidado é pouco.

Alimente-se bem, evite ambientes confinados, fique longe de pessoas resfriadas ou gripadas, tenha atividade física. Essas são as melhores maneiras de se evitar as doenças do inverno.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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