Visita ao autódromo de Imola

terça-feira, 02 de maio de 2017

Pegando um gancho na matéria de Guilherme Alt, da edição de A Voz da Serra de 29 de abril, aproveito para contar a minha visita ao Autódromo de Imola, também conhecido como Autodromo Internazionale Enzo e Dino Ferrari, nesse mesmo dia.

Sua inauguração data do ano de 1952 e o primeiro grande prêmio, com o nome Grande Prêmio de San Marino, foi disputado em 1963 e, posteriormente, em 1979, mas sem validade para o mundial de Fórmula 1. Em 1980, com Monza em obras, Imola foi escolhido para substituí-lo e o seu primeiro grande prêmio oficial foi realizado no ano de 1981; o piloto brasileiro Nélson Piquet foi o primeiro a vencê-lo. Em 2007, o grande prêmio da Itália voltou a ser corrido em Monza, no entanto há informações de que pode retornar ao Enzo e Dino Ferrari, em 2017.

Sábado passado fui a Imola e aproveitei para conhecer o local, que estava em atividade, com os treinos classificatórios para a Porsche Carrera Cup Italia. No local para vendas de ingressos, conheci um italiano que me disse frequentar o local desde 1963 e que tinha convites para acesso ao paddock. Além de me dar um desses convites, convidou-me para entrar com ele e alguns amigos e após estacionarmos, me desliguei do grupo e fui explorar o local.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi o dia 1º de maio de 1994, com a morte do piloto e ídolo brasileiro Ayrton Senna, na curva do Tamburello, nesse autódromo. Na época, Senna era considerado o maior piloto de Fórmula 1 da história e seu desaparecimento foi um duro golpe para os seus fãs e para o esporte brasileiro. Confesso que não fui até o local do seu acidente, pois sendo longe de onde estava, teria de ir de carro e o meu estava do lado de fora, o que me obrigaria a dar uma volta e tentar entrar por um portão próximo à fatídica curva. Além disso, até hoje me entristeço com a pantomina encenada pelos administradores do autódromo, na época, pois Ayrton morreu logo após o impacto e declará-lo morto naquele momento significaria a suspensão da prova. Mas, a visita foi muito gratificante, pois deu para sentir o clima que deve rolar nesses locais, em dia de grande prêmio. Do paddock pude acompanhar, do alto, o trabalho dos mecânicos, não só nos ajustes dos motores, mas também dos pneus. Passei, também, pelo Museu Checco Costa, logo na entrada do paddock, inaugurado em 1º de maio de 2014, cuja exposição inicial foi dedicada à carreira de Senna, na data dos 20 anos de sua morte. Infelizmente, nesse sábado ele estava fechado.

Sem material fotográfico adequado fica muito difícil fotografar os carros em movimento, pois a velocidade dos mesmos é incrível. Muitas vezes, quando clicava o diafragma da máquina, a outra máquina já tinha passado há muito tempo. Mesmo assim consegui algumas boas fotos, principalmente quando tiradas na arquibancada situada na frente dos boxes.

Fora os Porsches de corrida, havia uma exposição dos modelos novos disponibilizados pela fábrica e a disposição de futuros compradores, além dos caminhões das várias equipes que participavam da classificatória. Como o autódromo fica fora da cidade, não faltavam restaurantes que serviam de tudo, principalmente o prato típico italiano, a massa, de todos os tipos e para todos os gostos.

Claro que o movimento, quando de um grande prêmio de Fórmula 1, é muito mais intenso, com muito mais gente participando para deixar os carros em condições de correr, mas deu para sentir o clima diferente que reina naquele local, quando tem uma competição. Valeu a visita, é a primeira vez que entro num autódromo, ainda mais que Imola deve voltar a sediar o circo da Fórmula 1, a partir de 2017. 

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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