Uso de cartões

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Uso de cartões

A maioria dos brasileiros usa o cartão de crédito em supermercados (62%) e em farmácias (49%), segundo o indicador de uso do crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A terceira maior utilização é para abastecer o veículo (30%), seguido da aquisição de roupas, calçados e acessórios (29%), idas a bares e restaurantes (28%) e recargas para celular pré-pago (20%).

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A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, informou, por meio de nota, que as compras em supermercados são principalmente de mantimentos.

“Independentemente do tipo de aquisição, o cartão pode ser um aliado do orçamento e não, necessariamente, um vilão. Tudo depende da maturidade e do grau de organização do seu usuário. Se ele não pagar a fatura integral e acabar optando pelo rotativo ou parcelamento, vai arcar com uma taxa de juros que pode chegar até a 500%, em média”. 

Desigualdade continua

O crescimento da renda da população mais pobre no Brasil nos últimos 15 anos foi insuficiente para reduzir a desigualdade. Segundo estudo divulgado nesta semana pela equipe do economista Thomas Piketty, famoso por propor a taxação dos mais ricos para reduzir as disparidades na distribuição de renda, a maior parte do crescimento econômico neste século foi apropriada pelos 10% mais ricos da população.

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De acordo com o estudo, a fatia da renda nacional dessa parcela da população passou de 54,3% para 55,3% de 2001 a 2015. No mesmo período, a participação da renda dos 50% mais pobres também subiu 1 ponto percentual, passando de 11,3% para 12,3%. A renda nacional total cresceu 18,3% no período analisado, mas 60,7% desses ganhos foram apropriados pelos 10% mais ricos, contra 17,6% das camadas menos favorecidas. A expansão foi feita à custa da faixa intermediária de 40% da população, cuja participação na renda nacional caiu de 34,4% para 32,4% de 2001 a 2015.

Medicamentos em alta

Visto como um mercado que costuma sentir menos os efeitos da crise, o setor de medicamentos continua registrando alta de vendas ano a ano, mas a combinação de recessão e o aumento do estresse colocaram em destaque o crescimento da demanda por antidepressivos e ansiolíticos nas versões genérica e similar mais baratas que os medicamentos de referência, os de marca.

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Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Industrias de Medicamentos Genericos - Pro Genéricos -  mostra que as vendas de genéricos para tratamento de depressão cresceram 21% em unidades no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado. Os similares - cópias aproximadas dos medicamentos de referência - apresentaram alta de 6,23% e os de referência, de 4,22%. O mesmo movimento se repetiu com a categoria de ansiolíticos.

Visitantes nos shoppings

O movimento de visitantes nos shopping centers brasileiros cresceu 1,19 por cento em agosto ante o mesmo mês do ano passado, informou na sexta-feira, 8, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Em relação a julho, o fluxo de consumidores medido pelo Índice de Visitas a Shopping Centers (IVSC) em agosto subiu de 6,5 por cento, impulsionado pelo Dia dos Pais. No acumulado do ano, o IVSC registra alta de 0,58 por cento, o que é visto como um indicador positivo de retomada da economia pela Abrasce.

Mercado vê inflação menor

O mercado financeiro voltou a reduzir a projeção para a inflação e aumentar a estimativa para o crescimento da economia este ano. De acordo com o boletim Focus, uma publicação divulgada toda segunda-feira no site do Banco Central (BC), a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi ajustada de 0,5% para 0,6% este ano, no terceiro aumento consecutivo. Para 2018, a estimativa de crescimento passou de 2% para 2,1%.

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A estimativa do mercado financeiro para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,38% para 3,14% este ano, na terceira redução seguida. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,18% para 4,15%, no segundo ajuste consecutivo. 

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