Radar — 13/02/2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Banco do Brasil e o Itaú elevaram os juros do cheque especial e do empréstimo pessoal aos clientes. Pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo com sete instituições mostra que os demais bancos mantiveram os valores. A taxa média de juros para o cheque especial entre os bancos ficou em 12,79% ao mês, 0,27 ponto percentual superior à taxa média do mês anterior (12,52%). No Banco do Brasil, a taxa passou de 11,8% para 11,91% ao mês e no Itaú, passou de 10,56% para 12,33% ao mês. No empréstimo pessoal, a taxa média de juros entre os bancos pesquisados foi 6,41% ao mês, 0,4 ponto percentual acima do verificado no mês anterior (6,37%) ao mês. No Banco do Brasil, a taxa passou de 5,5% para 5,6% ao mês e no Itaú variou de 6,22% para 6,43% ao mês.

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O número de recuperações judiciais requeridas no país em 2015 foi a maior desde 2005. Segundo dados divulgados na última quinta feira, 11, pela Serasa Experian, foram 1.287 recuperações judiciais requeridas ano passado, 55,4% maior do que em 2014, quando foram registradas 828 solicitações. O setor de serviços foi o que mais apresentou recuperações requeridas em 2015, com 480 pedidos, seguido do comércio, com 404, e da indústria, com 359. O setor primário registrou 44 pedidos. A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência de uma empresa. É pedida quando a pessoa jurídica perde a capacidade de pagar suas dívidas. É um meio para que a empresa em dificuldades reorganize seus negócios e se recupere de uma dificuldade financeira momentânea.

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O governo decidiu adiar para março o anúncio de contingenciamento (bloqueio) de parte das despesas do Orçamento Geral da União deste ano. No mês passado, a presidenta Dilma Rousseff limitou os gastos dos ministérios e órgãos do governo federal até que fosse editado um novo decreto com os valores dos cortes. A previsão inicial era de que o Palácio do Planalto anunciasse o contingenciamento das despesas que foram aprovadas no fim do ano passado para o orçamento de 2016.

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A primeira prévia de fevereiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 1,23%. Com a prévia, em 12 meses, o IGP-M acumula taxa de inflação de 12,01%, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas. O avanço da taxa foi provocado pelos preços no atacado, no varejo e pelo custo da construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,35% na primeira prévia de janeiro para 1,44% na primeira prévia de fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor, que avalia o varejo, cresceu de 0,73% para 1,07%.

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Estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra o fechamento líquido de 95,4 mil lojas com vínculo empregatício em 2015. Os números representam um balanço final do ano, de acordo com os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social. O volume corresponde a uma retração de 13,4% nos estabelecimentos comerciais que empregam ao menos um funcionário. Nem mesmo as grandes lojas do varejo foram poupadas. Nos últimos 12 meses esses estabelecimentos registraram recuo de 14,8%.

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Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas, destacando-se, em termos relativos, os ramos mais dependentes das condições de crédito, tais como: materiais de construção (-18,3%), informática e comunicação (-16,6%), móveis e eletrodomésticos (-15,0%). Em termos absolutos, no entanto, hipermercados, supermercados e mercearias foi o segmento que teve a maior redução no número de lojas em relação a 2014. Foram 25,6 mil estabelecimentos fechados no ano passado, de um setor que reponde por um em cada três pontos comerciais do país. Esse segmento e o de lojas de vestuário e acessórios responderam por quase metade (45,0%) das lojas que saíram de operação.

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O estudo revela, ainda, que dos 27 estados brasileiros  apenas Roraima não apresentou queda no número de lojas. O Espírito Santo foi o mais afetado (-18,5%), seguido por Amapá (-16,6%) e Rio Grande do Sul (-16,4%). Os estados de São Paulo (-28,9 mil), Minas Gerais (-12,5 mil) e Paraná (-9,4 mil) responderam, juntos, por mais da metade (53,3%) da queda no número de estabelecimentos. De acordo com dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, de janeiro a novembro de 2015 o varejo registrou retração de 8,4% no conceito ampliado, que incorpora os resultados do comércio automotivo e de materiais de construção, superando o primeiro recuo em 15 anos, verificado em 2014 (-1,6%).

 

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