Radar — 06/02/2016

sexta-feira, 05 de fevereiro de 2016

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa do primeiro mês do ano representa uma aceleração da inflação em relação a dezembro, quando foi de 0,96%. A inflação em 2016 começou o ano mais alta que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro. Em 12 meses, a inflação acumula uma variação de 10,71% – patamar superior ao que foi verificado no fim de 2015, quando registrou 10,67%. A variação é superior ao teto da meta do governo federal, de 6,5%. O IPCA mede a variação de preços que afeta famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, em 11 regiões metropolitanas do país.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,61 ponto percentual em relação ao fim de 2015 e fechou janeiro em 1,51%. Divulgado pelo IBGE, o indicador se refere a famílias com renda de um a cinco mínimos que moram em casas chefiadas por assalariados. Em 12 meses, a inflação acumulada no INPC subiu de 11,28% para 11,31%, já que a taxa registrada em janeiro do ano passado, de 1,48%, era menor que a deste ano. O aumento de preços foi constatado tanto nos produtos alimentícios, em que a inflação passou de 1,60% para 2,41%, quanto nos não alimentícios, em que a taxa subiu de 0,59% para 1,11% de dezembro para janeiro.

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A alta dos ônibus urbanos no Rio de Janeiro levou a cidade a registrar o maior INPC de janeiro, com 2,37%, contra 1,16% em dezembro. Entre as 13 regiões pesquisadas, 12 registram em janeiro inflação acumulada em 12 meses maior que 10%. A mais elevada foi em Curitiba-PR, com 13,27%, e a menor em Belo Horizonte-MG, com 9,89%.

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Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões, em janeiro. É a maior retirada líquida mensal registrada na série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Em janeiro de 2015, também houve retirada líquida, mas o resultado negativo foi menor: R$ 5,52 bilhões. No mês passado, os clientes bancários sacaram R$ 161,59 bilhões. Os depósitos chegaram a R$ 149,56 bilhões. Os rendimentos da poupança ficaram em R$ 4,08 bilhões e o saldo total depositado nos bancos chegou a R$ 648,64 bilhões.

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Em 2015, a poupança registrou a maior retirada líquida. O saldo negativo ficou em R$ 53,56 bilhões. O Banco Central não registrava retirada líquida anual desde 2005 (R$ 2,72 bilhões). A poupança tem perdido atratividade devido à taxa básica de juros, a Selic, mais alta, o que torna outras aplicações mais atraentes. Outro fator é a inflação mais alta do que a remuneração da poupança. Além disso, há menos dinheiro para aplicar devido à alta dos preços, ao endividamento das famílias e ao aumento do desemprego.

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O fluxo de pessoas em shoppings no Brasil em janeiro ficou 2% abaixo do verificado no mesmo mês de 2015 e mantém a tendência de queda na atividade comercial do setor. As informações são do Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo, que revela o grau de aquecimento ou movimentação do setor. A classificação considera três grupos: shoppings qualificados, que são aqueles que atendem majoritariamente clientes de classe AB1; shoppings médios, que atraem clientes de classe B; e shoppings populares, que atendem principalmente clientes de classe BC. Em janeiro, o resultado dessas classificações mostra que shoppings que atendem a um mercado consumidor de perfil mais qualificado (classe AB1) têm sido mais resistentes à crise. O fluxo médio nesses empreendimentos manteve-se positivo no mês ao mesmo tempo em que os shoppings populares tiveram queda superior à média.

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A produção de veículos automotores caiu 29,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em janeiro de 2016, foram produzidas 145,1 mil unidades, enquanto no mesmo período de 2015 o total ficou em 205,3 mil. Em relação ao mês de dezembro, quando a produção foi de 142,8 mil unidades, houve elevação de 1,6%. O licenciamento registrou retração de 38,8%, com a venda de 155,3 mil unidades em janeiro deste ano. Em igual mês do ano passado, foram comercializadas 253,8 mil. Na comparação com o mês de dezembro, quando foram vendidos 227,8 mil veículos, houve queda de 31,8%.

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