Radar — 03/07/2015

quinta-feira, 02 de julho de 2015

Os municípios terão mais tempo para acabarem com seus lixões. O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira projeto que prorroga, de forma escalonada, o prazo para os municípios se adaptarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). A matéria é a primeira de uma lista sugerida pela Comissão Especial do Pacto Federativo, com projetos de interesse dos municípios, e agora segue para análise da Câmara dos Deputados. Os lixões já deveriam ter sido fechados e substituídos por aterros sanitários desde agosto do ano passado. Mas quase três mil municípios e o Distrito Federal ainda não conseguiram cumprir as determinações. A proposta de prorrogação do prazo é uma demanda de prefeitos e entidades representativas, como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

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Em 2013, 54,3% dos jovens concluíram o ensino médio até os 19 anos, idade considerada adequada, segundo o movimento da sociedade civil Todos Pela Educação (TPE). No ensino fundamental, 71,7% dos estudantes conseguiram se formar até os 16 anos. Porém, as metas intermediárias definidas pelo movimento para o ano de 2013 eram 63,7% e 84%, respectivamente. O movimento Todos Pela Educação divulgou esta semana o relatório De Olho nas Metas, publicado a cada dois anos a fim de acompanhar os indicadores educacionais do Brasil. Os resultados desta edição referem-se aos anos de 2013 e 2014.

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O sociólogo Julio Calzada — um dos responsáveis pelo projeto que legalizou a produção, distribuição, venda e o consumo da maconha no Uruguai — defendeu em seminário no Rio de Janeiro uma coalizão de países da América Latina para flexibilizar acordos internacionais sobre drogas. Ele lembrou que a Convenção Única sobre Entorpecentes, de 1961, será atualizada em 2016 pela Organização das Nações Unidas (ONU), que se manifestou contra a legislação uruguaia. Revisada pela última vez em 1972, a convenção propõe o combate às drogas pela limitação do uso, da produção ou da comercialização, por exemplo — com exceção do uso para fins médicos e científicos —, e também por meio do enfrentamento direto ao tráfico de drogas.

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O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta que o objetivo maior dos delatores é “salvar a própria pele” ou amenizar uma pena futura. Ao deixar a última sessão do STF antes do recesso de julho, o ministro também disse esperar que as delações assinadas na Operação Lava Jato tenham sido espontâneas. “Quando as coisas não são varridas para debaixo do tapete, a tendência é corrigir-se rumos. Isso é muito importante para termos dias melhores no Brasil. Agora, devo admitir que nunca vi tanta delação”, acrescentou Marco Aurélio.

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Moradores de Rio das Ostras e turistas que frequentam a cidade já podem visitar ou rever o espaço cultural que permite conhecer um pouco da história dos primeiros habitantes da região. Fechado ao público há dois anos, o Museu do Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba, o único nesse molde no Brasil, foi reinaugurado no dia 30 passado, depois de passar por uma completa reestruturação e ter seu acervo ampliado. Inaugurado em 1999, o museu está instalado no próprio sítio arqueológico, descoberto e demarcado em 1967, nos fundos da mais antiga casa colonial da cidade, onde funciona hoje a Casa de Cultura Bento Costa Junior. Com a expansão imobiliária, motivada pelo turismo que tomou conta da região a partir da década de 70, o sítio acabou perdendo dois terços de seu tamanho original.

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Pela primeira vez em cinco anos o Rio de Janeiro ultrapassou 60% de autorizações de integrantes diretos de famílias na doação de órgãos de pacientes com morte encefálica. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, nos três primeiros meses do ano o percentual atingiu 64,5%, o mais alto patamar desde a criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), em 2010. O secretário Felipe Peixoto disse que o aumento é em consequência da conscientização da população. Para incentivar as doações, a secretaria lançou, em abril, a campanha “Doe+Vida”, que esclarece sobre a importância de discutir a doação de órgãos. Com ela, foi criado também o site doemaisvida.com.br, para os interessados poderem se declarar doadores, fazer o cadastro e imprimir o cartão virtual Doe+Vida.

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O brasileiro sabe a importância de consumir de forma consciente, mas quando se analisa o cotidiano do consumidor, este não tem todas as atitudes necessárias à prática do consumo consciente, revelou a economista-chefe do Serviços de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Marcela Kawauti, ao comentar pesquisa em parceria com o portal de educação financeira Meu Bolso Feliz. Segundo ela, só 21,8% dos brasileiros podem ser considerados consumidores plenamente conscientes. Dos entrevistados, 46,8% disseram evitar desperdício e compras desnecessárias, 33% refletem sobre as consequências de uma compra antes de concretizá-la e 9,7% manifestaram atitudes que têm como foco economizar dinheiro. A pesquisa mostra que o consumidor se ajusta ao consumo consciente quando vê o foco na questão financeira, quando dói no bolso, quando a conta está mais cara. Ele acaba se ajustando não pelo bem comum, mas porque quer economizar dinheiro, analisou Marcela.

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