Radar — 01/08/2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Brasil bateu recorde na produção diária de energia eólica. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, em apenas um dia (20 de julho), foram produzidos 2.989,2 megawatts médios (MWmed) de energia gerada pela força dos ventos. A energia é suficiente para o abastecimentos de  cerca de 13 milhões de pessoas, levando-se em conta o consumo de energia elétrica residencial de 166 KWh/mês. O Nordeste, líder em produção de energia eólica, produziu 2.282,0 MWmed, enquanto a região Sul gerou 707,3 MWmed. Em um ano, a produção da energia eólica, que representa 3,5% do total da matriz de energia do Sistema Interligado Nacional, cresceu 179%. No mês de maio, foram gerados 1.536 GW/h pelos ventos, 57% a mais do que em abril.

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O palácio do Planalto avaliou positivamente o encontro da presidente Dilma Rousseff com representantes do governo de 26 estados e do Distrito Federal esta semana. Entre os temas discutidos no encontro, que contou com a presença de ministros de Estado, projetos em infraestrutura de transportes, educação, saúde e segurança pública. “O bom caminho é o da cooperação, que é a maior tecnologia já inventada pelo ser humano”, afirmou Dilma. Os governadores das cinco regiões do País fizeram uma defesa clara da democracia, do Estado de Direito e da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do País.

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A fiscalização do Ibama consolidou o balanço dos autos lavrados e multas aplicadas em todo o País no primeiro semestre de 2015. No total, foram 7.405 autos de infração nos primeiros seis meses do ano, que resultaram em R$ 1,2 bilhão em multas. A Região Norte foi a que teve mais crimes ambientais identificados, seguida pela Sudeste e pela Nordeste. O Pará foi o estado com a maior quantidade de multas aplicadas. No local, foram 1.111 autos de infração, o que gerou o valor de R$ 382 milhões. O desmatamento ilegal, principalmente na Amazônia, foi o ilícito ambiental mais cometido no Brasil durante o período analisado.

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Levantamento inédito feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) a partir dos dados do Censo da Educação Básica, do Ministério da Educação revelou que aumentou a procura por cursos de educação profissional no Brasil. O número de matrículas em cursos técnicos de nível médio cresceu 88% nos últimos seis anos. Saiu de quase 928 mil em 2008 e chegou a pouco mais de 1,7 milhão em 2014, mostra o estudo. Além das políticas públicas de valorização da educação profissional, o crescimento no número de matrículas é resultado das oportunidades de emprego e remuneração oferecidas pelo mercado de trabalho a quem tem curso técnico. Conforme pesquisa do Senai, 72% dos técnicos formados pela instituição em 2013 estavam trabalhando em 2014. E mais: a taxa de crescimento anual da remuneração das ocupações de nível técnico foi de 8,9% entre 2010 e 2013, superior à expansão de 8,1% registrada para as profissões de nível superior. 

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Pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope com 2002 pessoas em 142 municípios mostrou que os brasileiros acreditam que o excesso de burocracia aumenta os gastos públicos, estimula a corrupção e a informalidade e é um dos principais entraves ao crescimento econômico. Por isso, a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. 
De acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados consideram o Brasil um país muito burocrático ou burocrático, e 72% dizem que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo. Entre os entrevistados, 74% concordam total ou parcialmente que o excesso de burocracia desestimula os negócios, incentiva a corrupção e a informalidade e faz o governo a gastar mais do que o necessário. A pesquisa indica ainda que 77% acreditam que o excesso de burocracia é uma das principais dificuldades para o crescimento da economia brasileira. Entre as pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos, esse número sobe para 82%. 

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Parlamentares da base do governo defendem uma reforma tributária, a ser analisada na Câmara neste segundo semestre, que trate não só da distribuição do bolo dos recursos arrecadados, mas também do aumento da tributação sobre a parcela mais rica da população. Segundo a Agência Câmara, há propostas que buscam alterar as regras de tributação nessa área, mas ainda sem muitos avanços. Criada no final de julho, uma comissão especial vai analisar as propostas relacionadas à reforma tributária que tramitam na Casa. Uma delas trata de tributo previsto na Constituição Federal, mas até hoje não regulamentado: é o chamado Imposto sobre Grandes Fortunas. As dificuldades para criação desse imposto começaram na Assembleia Constituinte. Enquanto outros impostos podem ser regulados por lei comum, a exemplo do Imposto de Renda, o Imposto sobre Grandes Fortunas precisa de uma lei complementar, que tem tramitação especial no Congresso. A Câmara tem 14 propostas sobre o tema em tramitação. A mais antiga é de 1989 e está, desde dezembro de 2000, pronta para ser votada em Plenário.

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Estudo divulgado pelo Sistema Firjan na quinta-feira, 30, aponta que o país necessita de superávit primário de 3,3% do PIB para conter o crescimento da dívida pública – muito acima da meta de 0,15% estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Os dados estão na Nota Técnica “O Desafio Fiscal no Brasil e no Mundo”, que tem como objetivo apontar o tamanho do ajuste fiscal necessário para conter o crescimento da dívida pública no país. De acordo com o estudo, a dívida no Brasil passou de 57% do PIB em 2010 para 68% em 2015. Entre os países da Zona do Euro, a Grécia teve crescimento da dívida de 143% em 2010 para 177% em 2015 e a Itália passou de 119% para 132%. Os maiores aumentos da relação dívida/PIB no período aconteceram na Espanha, de 60% para 98% do PIB, e em Portugal, de 93% para 130% do PIB. 

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