Inflação pode cair

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Inflação pode cair

O Banco Central espera uma inflação menor este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 3,8%, em junho, para 3,2%, no Relatório de Inflação divulgado pelo banco. A expectativa do mercado para a taxa de câmbio é R$ 3,20 no fim de 2017, R$ 3,30 no final de 2018, R$ 3,40 em 2019 e R$ 3,45 em 2020. A projeção para a Selic é 7% ao ano ao final de 2017 e de 2018. Para o fim de 2019, é de elevação para 8% ao ano, mantendo-se nesse patamar até o fim de 2020.

Inflação de setembro

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), ficou em 0,11% em setembro. A taxa é inferior ao resultado de agosto (0,35%) e de setembro de 2016 (0,23%). O IPCA-15 acumula taxas de 0,28% no trimestre, 1,9% no ano e 2,56% em 12 meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O custo da alimentação continuou caindo na prévia de setembro, com deflação (queda de preços) de 0,94%. Os alimentos para consumo em casa tiveram queda de preços de 1,54%, com destaque para o tomate (-20,94%), feijão-carioca (-11,67%), alho (-7,96%), açúcar cristal (-4,71%) e o leite longa vida (-3,83%). Já a alimentação fora de casa teve inflação de 0,14%.

Brasileiros céticos

Os brasileiros acreditam que, nos próximos 12 meses, a inflação ficará em 6,7%. A constatação é da pesquisa de setembro da Expectativa de Inflação do Consumidor, medida pela Fundação Getulio Vargas. Segundo a FGV, a alta pode ser interpretada como uma acomodação temporária do indicador na casa dos 6%. A entidade acredita ainda que, nos próximos meses, o indicador voltará a cair devido ao recuo esperado para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

Projeção da economia

O Banco Central aumentou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), foi ajustada de 0,5%, estimativa de junho, para 0,7%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado pelo BC. “A revisão positiva reflete, principalmente, o desempenho do PIB no segundo trimestre, superior à mediana das expectativas do mercado”, diz o relatório. Para o Banco Central, indicadores recentemente divulgados têm mostrado “surpresas positivas, ensejando perspectivas favoráveis para o crcscimento”.

Arrecadação sobe

A arrecadação total das receitas federais somou R$ 104,206 bilhões em agosto, com aumento de 10,78% em relação a agosto de 2016, descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos oito primeiros meses do ano, a arrecadação federal acumula R$ 862,739 bilhões, 1,73% a mais que a do mesmo período do ano passado, descontando a inflação pelo IPCA. Se forem considerados apenas os valores administrados pela Receita Federal (como impostos e contribuições), a arrecadação ficou em R$ 102,228 bilhões, com alta de 10,64% em agosto. No acumulado do ano até o mês passado, a arrecadação dos valores administrados pela Receita somou R$ 837,872 bilhões, com acréscimo de 0,81%.

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