Imóveis retomados

terça-feira, 13 de junho de 2017

Imóveis retomados

A recessão econômica que atinge o país traz nuances dolorosas à vida cotidiana do brasileiro. Uma delas é a dificuldade das pessoas para honrar os compromissos financeiros assumidos, como a compra da tão sonhada casa própria. Isso tem influenciado no número de imóveis retomados por inadimplência no Brasil. Dados da Caixa Econômica Federal, maior financiadora do país no setor, mostram que a retomada de imóveis pelo banco cresceu nos últimos anos. Entre 2015 e 2016, o número de unidades retomadas quase dobrou. Em 2016, 15.881 unidades foram retomadas pela Caixa, ou 0,35% da carteira. Um ano antes, foram 8.775 unidades.

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Já para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), a relação distrato (devolução)/vendas atingiu 41,6% em fevereiro deste ano – último mês do levantamento.

“A queda na atividade econômica atinge a renda das famílias e faz com que a capacidade de pagamento também sofra demais”, afirma Luiz Antonio França, presidente da entidade.

Os economistas do mercado financeiro decidiram manter suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) no fim de 2017 e de 2018. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 12, que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 8,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. O relatório indicou ainda que a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2018 permaneceu em 8,50% ao ano. A Selic média de 2017 seguiu em 10,28% ao ano no Focus.

Adulteração na bomba

A quantidade de postos de combustíveis interditados por adulteração no Brasil saltou de 68 para 137 na passagem de 2015 para 2016, segundo dados divulgados no canal de notícias R&. Ao longo de todo o ano passado, foram lacrados 358 postos de combustível instalados no País. Desses, 137 apresentavam irregularidades ao revenderem combustíveis líquidos. Significa dizer que 38,2% das interdições de estabelecimentos efetuadas em 2016 foram motivadas por adulteração. 

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A quantidade de estabelecimentos lacrados por adulteração no ano passado foi a maior verificada desde 2011, quando a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) realizou alterações no sistema. Em 2012, 2013 e 2014 foram realizadas, respectivamente, 75, 122 e 90 interdições em postos de combustíveis no Brasil.

Trabalho infantil

Em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é explorada de forma indiscriminada. Os direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mapeamento da situação do trabalho infantil mostra que o número de trabalhadores precoces corresponde a 5% da população que tem entre 5 e 17 anos no Brasil.

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Desde 2013, o país vem registrando aumento dos casos de trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos. Em 2015, ano da última pesquisa do IBGE, quase 80 mil crianças nessa faixa etária estavam trabalhando e, nas próximas pesquisas, quando elas estiverem mais velhas, podem promover o aumento do número de adolescentes que trabalham. Cerca de 60% delas vivem na área rural das regiões Norte e Nordeste.

Crédito afeta 60 milhões

Em todo o país, o número de consumidores inadimplentes teve crescimento de 1,31% em maio, na comparação com abril, informa levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esta foi a maior variação positiva desde março de 2015, quando a alta atingiu 2,2%. Em relação a maio de 2016, houve queda de 0,50%.  Em números absolutos, estima-se que 60,1 milhões de brasileiros estejam com restrições de crédito, quase 40% da população adulta. Para Honório Pinheiro, presidente da CNDL, a desaceleração do indicador na base anual não é indicativo de que os consumidores estejam quitando suas dívidas, mas um reflexo do crédito mais restrito.

As novas regras para o rotativo do cartão estão estimulando a queda dos juros da modalidade de crédito, que possui as taxas mais elevadas do mercado. Segundo dados da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), as taxas recuaram de 14,31% em abril, quando a regra foi instituída, para 13,25%, em maio. A entidade realiza uma pesquisa mensal com a variação dos valores cobrados para pessoas físicas e jurídicas. O levantamento relativo ao mês de maio mostrou queda dos juros em todas as modalidadas para pessoa física.

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No comércio, a queda também foi de 0,04 p.p., passando de 5,76% para 5,72%. As taxas para crédito pessoal automático passaram de 2,23% para R$ 2,20% e as do cheque especial saíram de 12,30% para 12,28%.

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