Ainda o mosquito do mal!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Apesar das festas de fim de ano e do carnaval, a grande preocupação das famílias nos dias atuais é com as doenças que estão ameaçando a todos e transmitidas por um mosquito que já mora em nossas terras há muitos anos. Com a possibilidade, já quase uma certeza, de que os vírus que ele carrega podem causar desde a dengue passando pela microcefalia nos bebês e também a doença de Guillain-Barré, que causa uma paralisia que pode ser temporária ou permanente e também pode levar à morte, as coisas ficam muito mais assustadoras.

Enquanto era apenas a dengue, com seu quadro de febre e dores pelo corpo, que apesar do sofrimento, passavam depois de alguns dias ninguém tomava providência mais séria. Agora, com a comprovação de que as outras duas doenças também andam juntas, as coisas mudam de figura. Com a disseminação da epidemia para outros países e, como tudo indica, que ela pode ser mundial, começam a haver mobilizações de cientistas de todo o mundo correndo em busca de alguma solução rápida.

Pelo que sabemos, com a lição aprendida na luta contra outras viroses, a vacina é a melhor solução. Enquanto ela não chega, assistimos a uma guerra de informações verdadeiras e falsas, tentando aconselhar as pessoas como se proteger do perigo. Antes se dizia que o mosquito só colocava seus ovos em água limpa, mas já se viu que não é mais assim. Ele já deposita até nas águas sujas.

Outra coisa que já se comprovou: o mosquito, na falta de água, pode depositar seus ovos em local seco, e eles podem permanecer vivos por longo tempo. Ingerir determinados alimentos pode afastar o mosquito, por modificar o cheiro da pele? É uma pergunta que fazem. Infelizmente nada disto foi comprovado até agora.

Da mesma forma o uso dentro da casa de velas ou incensos com cheiro fortes não garante que o mosquito se afaste. Ainda fica valendo o conselho mais antigo que temos para combater o mosquito: acabar com os locais onde exista água em que ele possa depositar seus ovos, e manter tudo muito limpo. Além disto é fazer uso dos mosquitos machos geneticamente modificados, como já se faz nas lavouras, e que cruzam com as fêmeas, eliminando sua capacidade de transmitir as doenças.

É esperar para ver e torcer para que dê certo!

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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