Salários de prefeito, vereadores e secretários serão mantidos no próximo governo

Câmara aprovou manutenção dos vencimentos na segunda sessão matutina de terça-feira
terça-feira, 27 de setembro de 2016
por Márcio Madeira
Câmara Municipal de Nova Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
Câmara Municipal de Nova Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

A Câmara Municipal aprovou, na segunda das duas sessões ordinárias realizadas na manhã desta terça-feira, 27, a manutenção dos salários do prefeito, vice, vereadores e secretários municipais nos patamares em vigor desde 2008, acrescidos da reposição inflacionária que foi incorporada no início de 2015.

Assim, o próximo prefeito eleito receberá o salário bruto de R$ 19 mil, enquanto o vice terá direito a metade deste valor: R$ 9,5 mil. Vereadores e secretários municipais, por sua vez, receberão R$ 8.229,94 como salário bruto, que se transforma em R$ R$ 6.422,18 líquido. No casos dos vereadores, contudo, ainda resta a contribuição de 5% aos partidos políticos, que reduz os vencimentos para aproximadamente R$ 6.030. 

Da mesma forma, é importante observar que secretários municipais recebem o 13º salário, enquanto os vereadores têm direito a apenas 12 pagamentos anuais. A determinação não poderá sofrer alterações até 2018, e significa que Nova Friburgo paga a vereadores e secretários um dos salários mais baixos da região, em relação ao número de eleitores da cidade.

Bastidores

O desfecho da negociação não agradou a todos, mas representou um compromisso entre as diferentes correntes do plenário, sobre um tema especialmente delicado às vésperas de uma nova eleição. Entre os vereadores, não foram poucas as vozes a afirmar que os vencimentos deveriam ter sido reajustados, e que a manutenção dos vencimentos representa desnecessária medida de cunho eleitoreiro. 

A rigor, um valor próximo a R$ 10 mil, incluindo 13º salário, chegou a ser fortemente cogitado pelos parlamentares, mas acabou sendo deixado de lado em virtude do contexto da crise econômica que aflige a União, e o estado do Rio de Janeiro em especial.

Houve, no entanto, quem votasse contra a manutenção dos salários, por entender que eles deveriam ser mais baixos. É o caso de Zezinho do Caminhão e Ricardo Figueira, que juntamente a Wellington Moreira haviam se posicionado de forma contrária à reposição inflacionária de janeiro de 2015. 

Desde então Ricardo e Wellington recebem vencimentos diferentes dos demais vereadores (valor bruto próximo a R$ 7.740), ao passo que Zezinho deposita a diferença em aplicação, na expectativa de que todos os parlamentares sejam obrigados em algum momento a devolver este montante aos cofres públicos. Christiano Huguenin também votou contra a manutenção dos salários.

Entre os vereadores contrários, Wellington Moreira não votou. O parlamentar entrou em contato com A VOZ DA SERRA para explicar o por quê: “A sessão iria ficar em aberto, e a votação estava marcada para a próxima quinta-feira, 29. Numa certa altura eu fui atender a uma pessoa em meu gabinete, e então o plenário optou por antecipar a votação. Por isso não votei, mas meu posicionamento continua o mesmo”, garantiu. 

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