Retomadas as obras no Rio Bengalas e no Córrego Dantas

No projeto, também está previsto reflorestamento com plantio de espécies nativas em trechos ao longo do Córrego Dantas para evitar o assoreamento do rio.
segunda-feira, 06 de abril de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Máquinas voltam a trabalhar no Rio Bengalas (Amanda Tinoco/A Voz da Serra)
Máquinas voltam a trabalhar no Rio Bengalas (Amanda Tinoco/A Voz da Serra)
Quem passa pela Avenida Governador Roberto Silveira, no distrito de Conselheiro Paulino, deve ter observado operários e máquinas aos poucos voltando a trabalhar nas margens do Rio Bengalas. Nos últimos dias, empregados do consórcio que realiza o serviço foram vistos por moradores fazendo medições topográficas e limpezas nas margens do rio. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), as obras no Bengalas e no Córrego Dantas, entretanto, não estavam paralisadas. "Estavam em fase de estudos geotécnicos e de desapropriação. A previsão é que os trabalhos recomecem nos locais citados ainda no mês de abril de 2015. Já foram executados 50% das obras de recuperação ambiental em Nova Friburgo”, informa a nota enviada na noite de quarta-feira, 1º de abril.

Já foram executados 50% das obras de recuperação ambiental em Nova Friburgo
A maior obra realizada na cidade pelo Consórcio Rio Bengalas — formado pela EIT Engenharia e a Ferreira Guedes, empresas vencedoras da licitação — visa o controle de inundação e recuperação ambiental dos rios que em quase todos os anos transbordavam, inundando ruas, invadindo casas e o comércio local. Em 2011, com a tragédia das chuvas na Região Serrana, os estragos foram ainda maiores. A ocupação desordenada das margens de alguns trechos desses rios causou o estrangulamento da calha necessária ao escoamento das águas. Além disso, a erosão das margens causaram degradação e obstruções devido ao grande volume de assoreamento dos rios. Essas razões potencializam as inundações, de acordo com projeto.

Os governos estadual, por meio da Secretaria de Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e federal, com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), estão investindo R$ 195 milhões no projeto, que deve ser concluído em abril de 2016. No Rio Bengalas e no Córrego Dantas estão sendo executados serviços de aumento da calha junto com dragagem e desassoreamento, que proporciona maior capacidade de escoamento, aumentando a vazão e minimizando a ocorrência de futuros alagamentos e inundações. Para garantir a estabilidade das margens no Córrego Dantas, o consórcio está aplicando revestimentos nas laterais com grama grampeada e concreto, por exemplo. No Bengalas, a estabilidade das margens está sendo mantida com cortinas atirantadas. 

No projeto, também está previsto reflorestamento com plantio de espécies nativas em trechos ao longo do Córrego Dantas para evitar o assoreamento do rio. Além disso, será urbanizada uma área de 77 mil metros quadrados ao longo do rio para reordenar o uso do solo e a recuperação ambiental da área, evitando futuras invasões e ocupações irregulares das margens, e criando espaços de lazer e convivência para a população. Uma ciclovia também será construída em todo o trecho dos dois rios que atravessam a cidade. 

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