Polícia fará exame de DNA em corpo carbonizado no Cascatinha

Mulher acredita que cadáver seja do filho. Suspeita surgiu a partir do relógio de pulso da vítima
sexta-feira, 14 de março de 2014
por Jornal A Voz da Serra

A Justiça Criminal de Nova Friburgo determinou que um exame de DNA seja realizado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no corpo carbonizado de um homem de aproximadamente 35 anos, morto barbaramente há uma semana em uma trilha da estrada vicinal que liga Cascatinha a São Lourenço, próximo à adutora da concessionária Águas de Nova Friburgo. As amostras no cadáver para o DNA teriam sido colhidas ontem, 13, no Instituto Médico Legal (IML), mas o resultado só deve ser conhecido em algumas semanas. O motivo da realização do exame deve-se à suspeita de uma mulher que viu o corpo carbonizado no IML e acredita que o cadáver seja de seu filho, por causa de um relógio de pulso usado pela vítima. A mulher havia procurado a polícia para denunciar o desaparecimento do filho e fora levada ao IML. 

Devido à suspeita da mulher, a Justiça não classificou a vítima como indigente. Com isso, o corpo não será liberado para sepultamento, pelo menos até a liberação do resultado do exame de DNA. A polícia enfrentava dificuldades para tentar esclarecer o caso, já que ninguém compareceu à Delegacia Legal com informações sobre o homem carbonizado ou detalhes sobre o crime. Os detetives da 151ªDP acreditam que a vítima tenha sido morta em um acerto de contas, devido à crueldade da ação. O homem foi amarrado com cordas a pneus e incendiado. Não se sabe se a barbaridade foi cometida com a vítima ainda viva. 

Uma moradora próxima ao local onde o homem foi carbonizado disse à polícia que, por volta das 14h do último dia 6, avistou uma grande nuvem de fumaça preta na mata e ao correr até o local deparou-se com o cenário de horror. Outro vizinho admitiu ter ouvido gritos, não sabendo se estes seriam da vítima ou de seus algozes. Próximo ao local do crime foram evidenciadas manchas escuras no mato, possivelmente de resíduos do combustível usado no assassinato. O crime assustou os moradores do bairro Cascatinha. O local onde ocorreu o crime bárbaro costuma ser muito frequentado pelos adeptos de caminhadas ecológicas e banhistas que buscam nascentes e cachoeiras daquela mata, principalmente nos fins de semana. 

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TAGS: corpo | DNA
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