MP recebe denúncia sobre furtos no Hospital do Câncer

Canteiro de obras está abandonado e sendo saqueado, segundo moradores
terça-feira, 27 de junho de 2017
por Alerrandre Barros
As futuras instalações do Hospital do Câncer (Foto: Henrique Pinheiro)
As futuras instalações do Hospital do Câncer (Foto: Henrique Pinheiro)

A denúncia sobre furtos de materiais do canteiro de obras do Hospital do Câncer, em Nova Friburgo, chegou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Na última quinta-feira, 22, a Associação de Moradores e Amigos da Ponte da Saudade (Amaps) protocolou a queixa depois que peças metálicas foram encontradas fora do imóvel.

"Estamos cumprindo nosso papel, pois sabemos que as autoridades precisam saber do que está ocorrendo para que tomem as devidas providências, até que a obra possa recomeçar”, disse o presidente da Amaps, José Roberto Folly.

Na última terça-feira, 20, A VOZ DA SERRA mostrou que uma lixeira com tubos de conexão e chapas de aço, que seriam do hospital, foi deixada na Rua Prefeito César Guinle, no bairro Ponte da Saudade. Segundo Folly, um morador contou que viu, no dia anterior, um homem lançando a lixeira e sacolas com as peças por cima do portão do canteiro. As obras estão abandonadas.

Procurada na semana passada, a Secretaria Estadual de Obras informou que comunicou a denúncia à FW Empreendimentos Imobiliários e Construções Ltda para que “a empresa tome providências a fim de preservar o canteiro de obras, que é de sua responsabilidade”. A construtora não respondeu o e-mail de A VOZ DA SERRA.

As obras no hospital foram interrompidas no segundo semestre do ano passado, depois que o governo decretou estado de calamidade financeira devido à crise no estado. A reforma para adequação do prédio, onde funcionou, na década de 1990, o Centro Adventista de Vida Saudável (Cavs), começou em abril de 2015.

Com orçamento de R$ 93,6 milhões - sendo R$ 10 milhões para desapropriação, R$ 45,7 milhões para as obras e R$ 35 milhões para compra de equipamentos - a unidade vai contar com 200 leitos, sendo 30 destinados à infância, cerca de 300 consultas por dia e até quatro mil cirurgias por ano. O governo não informou qual a nova previsão de entrega das obras.

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