Marlon Moraes volta ao octógono do UFC e encara José Aldo neste sábado

Atleta friburguense tenta repetir a cena pela 23ª vez na carreira, e assim, voltar a lutar pelo cinturão
sábado, 14 de dezembro de 2019
por Vinicius Gastin
Vitória contra uma lenda do esporte pode consolidar ainda mais Marlon Moraes na categoria
Vitória contra uma lenda do esporte pode consolidar ainda mais Marlon Moraes na categoria

De um lado, aquele que está se tornando um dos grandes nomes da história do esporte friburguense. E por que não dizer do MMA mundial? Do outro, uma verdadeira lenda do esporte nacional, já reconhecido e consolidado entre os maiores de todos os tempos no universo das artes marciais. O encontro entre Marlon Moraes e José Aldo pelo UFC 245 neste sábado, 14, em Las Vegas (EUA), vale muito mais do que “apenas” a definição do próximo desafiante ao título.

“Eu estava pedindo uma luta para o UFC e, dentre todos os nomes que a gente conversou, tinha essa possibilidade de enfrentar o Aldo, mas não era uma certeza de que ele realmente ia descer para o peso-galo. A gente estava esperando, era interesse do UFC fazer essa luta e, para ele também. O cara é uma lenda, já lutou na categoria de cima, foi campeão por muito tempo, e vai descer numa situação em que uma vitória o credencia aí nas cabeças. Ele é o ídolo de todo lutador de MMA que é brasileiro e com certeza é um orgulho imenso ter o Aldo como um atleta que nos representa. Agora chegou a hora de enfrentar os caras que a gente assistia na televisão, estou muito feliz com essa oportunidade”, afirma Marlon, em entrevista recente à imprensa.

A preparação do atleta de Nova Friburgo foi intensa, e até mesmo por esse motivo, toda a equipe que trabalha com Marlon esteve mobilizada. Atual primeiro colocado no ranking da categoria dos leves, ele aposta que o combate será decidido nos detalhes. “Ele é perigoso em todas as áreas, assim como eu. Então essa luta vai ser um jogo de xadrez. Quem mexer a peça errada, o outro que mexer a peça certa vai sair com a vitória. Estou vindo mais preparado do que nunca. Tentei consertar alguns detalhes, coisas que faltaram na última luta, e espero na semana que vem mostrar um novo Marlon, para mostrar ao mundo o que ele tem.”

Aos 31 anos, Marlon Moraes soma 22 vitórias, seis derrotas e um empate na carreira, e vê nesse duelo a chance de ampliar o legado que quer deixar no esporte. Em junho deste ano, vinha de quatro vitórias consecutivas, mas acabou derrotado por Henry Cejudo, em combate válido pelo cinturão peso-galo do Ultimate. 

“Eu não estou nem pensando no cinturão. Acho que a gente tem que pensar em luta grande. Eu acabei de ter essa oportunidade pelo título e agora quero voltar e lutar contra os melhores. Um dia eu quero olhar pra trás e ver o ranking, ver todo mundo e poder falar: "Poxa, enfrentei todos esses caras aqui do Top 10". Essa é a luta que todo fã quer assistir. Os dois procuram muito a luta, que gostam de lutar em pé. Acho que o meu estilo encaixa bem, vou fazer uma preparação boa para ir lá e buscar a vitória.”

Embora José Aldo tenha mudado de categoria, para 61kg, o friburguense não prevê dificuldades para bater o limite da nova categoria. “Ele sempre foi um cara que deixava muito peso para cortar no final, mas acho que o corte em si não vai ser nada demais. É um cara que não tem nada a provar para ninguém, ele fez tudo no esporte. Ele gosta de desafios também. Descer de peso foi uma chance que ele viu e, de repente, se credenciar em uma nova luta pelo cinturão. Respeito muito essa atitude dele, mas dia 14 de dezembro eu vou entrar lá, vou colocar o meu jogo e vou ser o melhor”, disse.

Antes de chegar ao UFC, Marlon “The Magic” Moraes, como é conhecido no mundo das artes marciais, foi campeão do World Series of Fighting (WSOF) com 13 vitórias consecutivas. O atleta de Nova Friburgo vive grande fase, e venceu três vezes consecutivas na organização, tendo superado John Dodson, Alijamain Sterling e Jimmie Rivera. É desta forma, encarando todos os desafios propostos na carreira, que o friburguense tenta escrever mais um capítulo marcante em sua história.

“Ganhando ou perdendo, no UFC é sempre pressão. Se não quiser viver sob pressão, precisa escolher outro esporte. Gosto de sentir isso, gosto de ser desafiado. Sei que muita gente nessa categoria não queria a luta. Fui um dos únicos que levantou a mão e falei que pegava a luta. Se ele quer descer e ser o campeão, faz total sentido lutar contra um dos desafiantes. Vamos ver quem é melhor na semana que vem. O UFC, inclusive, na negociação para a luta, disse que estava bem difícil, porque muita gente não queria lutar contra ele, por ele ser quem é e tal. Eu não sei falar não para nenhum desafio. Aceitei e aceitarei lutar contra qualquer um que me coloque lá em cima. Vou focado, meu principal objetivo é entrar lá e fazer a melhor luta da minha vida”, disse em entrevista ao canal Combate.

UFC 245

14 de dezembro, em Las Vegas (EUA)

- CARD PRINCIPAL (1h, horário de Brasília):

Peso-meio-médio: Kamaru Usman x Colby Covington

Peso-pena: Max Holloway x Alexander Volkanovski

Peso-galo: Amanda Nunes x Germaine de Randamie

Peso-galo: Marlon Moraes x José Aldo

Peso-galo: Petr Yan x Urijah Faber

 

- CARD PRELIMINAR (21h15, horário de Brasília):

Peso-meio-médio: Geoff Neal x Mike Perry

Peso-galo: Ketlen Vieira x Irene Aldana

Peso-médio: Ian Heinisch x Omari Akhmedov

Peso-meio-médio: Matt Brown x Ben Saunders

Peso-pena: Chase Hooper x Daniel Teymur

Peso-mosca: Brandon Moreno x Kai-Kara France

Peso-mosca: Jessica Eye x Vivi Araújo

Peso-médio: Punahele Soriano x Oskar Piechota

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