Impostos sem retorno

terça-feira, 09 de janeiro de 2018
por Jornal A Voz da Serra

O BRASILEIRO pagou, em 2017, um total de R$ 2,17 trilhões de impostos, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. A cifra corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições  pagos pelos contribuintes do primeiro ao último dia de 2017.

O INSTITUTO Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela que existem hoje 63 tributos que, direta ou indiretamente, afetam a população, entre eles, o ICMS, PIS, Cofins, IPI, ISS, IOF e uma porção de outras siglas que abocanham, em média, 41,8% do rendimento do contribuinte e fazendo com que cada cidadão trabalhe 153 dias por ano apenas para pagar impostos.

DENTRE AS 30 nações com a maior carga tributária, o Brasil continua sendo o que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar da sociedade. A Austrália, seguida pela Coreia do Sul, Estados Unidos, Suíça e Irlanda, são os países que melhor fazem aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai e Argentina.

PARA EQUILIBRAR as despesas no Brasil, o Banco Mundial sugeriu mais impostos para ricos no país. Após uma análise dos gastos públicos brasileiros, foi enfático: o Brasil vem gastando mais do que pode e, além disso, gasta mal. 

COMO OS brasileiros estão cada vez mais conscientes de que pagam altíssimos tributos, quando o governo anuncia mais um aumento, como do combustível, do gás de cozinha e da energia elétrica, acabam achando "normal" pagar um pouco mais de imposto.

DESDE O agravamento da crise econômica, o governo bate na tecla de que é preciso aumentar a arrecadação para a retomada da economia. No entanto, com uma das maiores cargas tributárias do mundo e sem o retorno desses tributos para a sociedade, fica difícil acreditar que essa saída seja a melhor alternativa.

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