Fim da linha: Frizão sente falta de ritmo de jogo e é derrotado pelo Oeste no Eduardo Guinle

Com o resultado, o Friburguense se despede da Copa do Brasil logo na primeira fase
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
por Jornal A Voz da Serra
Torcida tricolor compareceu em peso para apoiar o Friburguense no Eduardo Guinle (Fotos: Divulgação)
Torcida tricolor compareceu em peso para apoiar o Friburguense no Eduardo Guinle (Fotos: Divulgação)

Um jogo de mata-mata nem sempre é definido pela parte técnica. A luta e o espírito, em alguns casos, sobrepõem a superioridade do adversário. O Friburguense apostou exatamente nessas vertentes, mas não foi o suficiente. A equipe de Nova Friburgo esbarrou nas próprias limitações, e depois de um primeiro tempo razoavelmente equilibrado, sentiu a falta de ritmo de jogo. O relógio passou a ser adversário, assim como o placar quando Mazinho marcou aos 25 minutos do segundo tempo. O marcador não mais mexeria na noite da última quarta-feira, 15, no estádio Eduardo Guinle, que recebeu um grande público (cerca de duas mil pessoas).

Com o resultado, o Friburguense se despede da Copa do Brasil logo na primeira fase. O próximo e principal desafio do ano para a equipe é a disputa do Campeonato Carioca da série B, a partir de 13 de maio. Até lá, Merica e comissão técnica terão tempo para corrigir erros, acertar detalhes e colocar a garotada tricolor nos eixos para buscar o retorno à elite estadual.

Primeiro tempo morno

Não deu nem tempo de enxergar quais seriam as estratégias de Friburguense e Oeste no campo de jogo. Literalmente. Com apenas três minutos de bola rolando, as luzes do estádio Eduardo Guinle se apagaram. Tempo para o espetáculo da torcida, que compareceu em grande número, e acendeu as lanternas dos celulares. Até aquela altura o Tricolor da Serra já havia chegado perigosamente pelo lado esquerdo, através de levantamento de Ricardo para o corte da defesa. No rebote, Gleison bateu com desvio. Foi quando faltou energia, retornando apenas 40 minutos mais tarde. Nada que pudesse esfriar o ímpeto das arquibancadas. No entanto, o panorama de propostas de jogo mudou.

Aquela primeira jogada do Friburguense, pela esquerda, pouco se repetiu. Com a marcação encaixada, o Oeste dificultava bastante as ações ofensivas, bloqueando as descidas de Ricardo e Sergio Gomes e as escapadas de Ziquinha pela direita. Desta forma, a bola parada tornou-se opção, e foi desta forma que o time comandado por Merica conseguiu levar perigo ao gol de Rodolfo, duas vezes com Sergio Gomes (uma defendida pelo goleiro, inclusive) e outra em toque contra o próprio patrimônio de João Victor.

O Oeste, que buscava ganhar tempo a cada cobrança de lateral, falta ou escanteio, conseguiu chegar perigosamente em rápido contra-ataque aos 28 minutos. O Frizão, na base da raça, esbarrava na ansiedade em alguns momentos. Se o adversário pecava na saída de bola, o Tricolor era afobado em alguns lances. Foi através da insistência que Ziquinha descolou falta na entrada da grande área. Léo carimbou a barreira. O Oeste conseguiu novo bom momento em jogada de Mazinho pela direita, mas nenhuma foi concluída ao gol de Afonso. O Tricolor ainda tentou a última investida pela direita, mas não surtiu efeito.

No contra-ataque...

Em busca do gol que poderia carimbar a classificação, o Friburguense manteve a posse de bola no campo de ataque nos minutos iniciais. Estratégia que surtiu efeito, mas proporcionou ao Oeste a possibilidade dos contra-ataques. Estes, de fato, um pouco mais contundentes na comparação com o primeiro tempo. No lance mais perigoso, Léo obrigou Rodolfo a fazer boa defesa no canto esquerdo. A resposta do time paulista foi imediata, em contragolpes que pegaram a defesa desguarnecida. Aos 13 minutos, o experiente Robert se livrou da marcação e bateu rasteiro para a grande defesa de Afonso. O Friburguense insistia nos levantamentos em direção à grande área, e a defesa do Oeste, mais alta, rebatia todas. O jogo amarrado favorecia, naquela altura, ao time paulista.

Na tentativa de lançar o time ao ataque, Merica mandou Jeffinho a campo na vaga de Sergio Gomes aos 25 minutos. Léo passou a revezar com ele e a atuar na posição original, a lateral direita. Ofensivo, porém desguarnecido. Foi por ali que a situação do Friburguense se complicou de vez, quando Mazinho acertou belo chute de perna canhota e abriu o marcador em Nova Friburgo, em mais um contra-ataque bem trabalhado pelo time visitante. Desta vez, inclusive, aproveitando a ausência de Bruno, que era atendido fora do campo. O zagueiro voltou a campo rapidamente, e logo deu lugar ao atacante Matheus numa alteração ousada.

Apesar de numeroso, o sistema ofensivo do Friburguense sentiu a falta de ritmo de jogo. Assim como toda a equipe. As tentativas eram afastadas pela defesa do Oeste, que mais inteiro fisicamente conseguiu conectar bons contragolpes. A bem da verdade poderia até mesmo ter ampliado o placar duas vezes com Robert, enquanto o Tricolor da Serra pouco criou. Resta agora trabalhar para buscar o retorno à elite do futebol carioca.

Ficha Técnica

Friburguense 0x1 Oeste

Copa do Brasil 2017 - 1ª fase

15/02/2016 - 20h30

Árbitro: Devarly Lira do Rosário

Assistentes: Edson Glicerio dos Santos e Carlos Eduardo do Rosário Depizzol

Friburguense: Afonso; Sergio Gomes (Jeffinho), Bidu, Bruno (Matheus) e Ricardo; Rafael, Léo, Lucas Toledo e Gleison; Ziquinha e Jarles

Técnico: Merica

Oeste: Rodolfo; Reginaldo, João Victor, Jaílton e Garutti; Bruno Barra, Lídio, Natan (Da Matta) e Mazinho; Robert e Erick Luis (Piauí)

Técnico: Roberto Cavalo

Foto da galeria
Festa com as luzes dos celulares: jogo ficou paralisado por cerca de 40 minutos
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TAGS: Friburguense Atlético Clube | Copa do Brasil
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