Escapando da crise

quinta-feira, 04 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra
ESTIMATIVA de analistas financeiros mostra que o PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano, deve cair 1,2%. As informações constam de publicação semanal do Banco Central elaborada com base em projeções para os principais indicadores da economia. Entre janeiro e março, a economia retraiu 0,2% em relação ao trimestre anterior e 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve queda tanto no consumo das famílias quanto no investimento e gastos do governo.

Redução do PIB é a maior desde 1990
PARA O segundo trimestre especialistas esperam que seja ainda mais difícil, em parte em função do anúncio, feito na semana passada, de que o governo vai cortar R$ 69,9 bilhões do orçamento de 2015. A redução do PIB seria a maior contração econômica vivida pelo país desde 1990, quando o governo Collor confiscou a poupança de milhares de pessoas desatando uma onda de demissões e falência de empresas.

IMPORTANTES dados para compreender o crescimento econômico, tais avaliações servem para empresas e para trabalhadores. Para os primeiros, indicam a perspectiva de demanda pelos seus produtos; para os segundos têm a ver com a disponibilidade de emprego e com as expectativas salariais do mercado de trabalho.

COM AS projeções surgem também os debates e discussões sobre o crescimento do país, com ênfase para o papel das micro e pequenas empresas (MPE) no Brasil, e os temas são conhecidos: crédito, desenvolvimento regional e cadeias produtivas. As MPE estão mostrando resistência durante a recente crise e continuam segurando a economia e o emprego no país.

O MERCADO interno brasileiro responde à crise consumindo produtos principalmente das MPE, mantendo assim aquecida a economia e expandindo-a em muitos setores. Nova Friburgo se encaixa neste contexto, pois sua economia está calçada nas micro e pequenas empresas e os resultados até agora tem sido bem sucedidos.

É LOUVÁVEL o esforço das MPE para continuar a garantir a manutenção da economia do Brasil. Responsáveis por grande parcela da população ativa, as empresas nacionais mostram que o esforço vale a pena, superando assim a descrença de muitos quanto ao desempenho brasileiro. É a grande resposta das pequenas empresas ao desafio mundial.

O SUCESSO das MPE, no caso friburguense, deve, contudo, ser acompanhado de esforço governamental no sentido de oferecer vantagens para a implantação de novas empresas e uma política fiscal que beneficiassem as já existentes. Em meio à crise nacional, as pequenas empresas representam um alívio e uma perspectiva otimista de enfrentar a onda do ajuste fiscal de 2015. Vamos, pois, aguardar.

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