Dia Nacional da Fotografia: o poder de eternizar personagens e cenas com arte

A VOZ DA SERRA homenageia profissionais das lentes friburguenses e convida leitores a enviarem cliques da cidade
sábado, 19 de agosto de 2017
por Ana Borges
As raízes de uma árvores com a sensibilidade das lentes de Antonio Varella
As raízes de uma árvores com a sensibilidade das lentes de Antonio Varella

Em 19 de agosto de 1839, a Academia de Ciências da França anunciou oficialmente, em Paris, o surgimento da fotografia tal como a conhecemos hoje. Isto sem contar a fantástica evolução ocorrida ao longo de quase dois séculos.

O responsável pela criação do processo que revolucionou o registro de imagens foi o francês Louis M. Daguerre, cujo equipamento recebeu o nome “daguerreótipo”, em sua homenagem.

Mas não basta ter apenas uma boa máquina para ser um profissional respeitado. É preciso talento, saber ver, ter um olhar diferente para as coisas. Quem queira se destacar nesta área também precisa estudar e, principalmente, aprimorar sua percepção para captar o melhor ângulo e a luminosidade mais adequada.      

O lugar, o personagem, a cena, o momento, a foto, o registro definitivo para a posteridade. Tudo isso nos encanta. Cada um de nós vê de um jeito o que se passa à nossa frente, o que está à nossa volta. Mas, aquele olhar sensível é o que faz a diferença entre o profissional e o público. Obras de arte ou pura poesia para nosso deleite.

A VOZ DA SERRA mais uma investe em cultura dedicando uma página dupla, no jornal impresso, para homenagear estes profissionais locais, com a publicação de fotos escolhidas por eles e acompanhadas de breves perfis ou depoimentos de cada um deles. No site, leitores estão convidados a enviar para a redação fotos da cidade, que poderão passar a ilustrar a página do jornal no Facebook. Envie sua foto para o WhatsApp de A VOZ DA SERRA (99213-9995) ou para o email da editora de web (aoliveira@avozdaserra.com.br).

Regina Lo Bianco

“Nos últimos 20 anos, a fotógrafa Regina Lo Bianco concentrou boa parte do seu trabalho sobre o registro de importantes aspectos da cidade de Nova Friburgo.

Conhecedora da riqueza do lugar tocante à ecologia, à arquitetura e aos costumes, lançou-se na produção de uma extensa documentação fotográfica em torno destes aspectos.

Como resultado, possui hoje um dos mais valiosos acervos fotográficos que retratam de forma consistente a evolução da trama social de Nova Friburgo e seus efeitos sobre o projeto urbanístico e paisagístico local.

Seu trabalho privilegia o belo, sendo também revelador de contrastes sociais, conciliando a divulgação da imagem da cidade e do seu entorno com preservação e memória.” (texto do historiador Maurício Pinheiro sobre a fotógrafa)

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Adriano José

“Eu gosto de quem gosta de contar história.

Gosto das pessoas simples, das que amam sem vergonha, mesmo sem respostas, só por amar.

Eu gosto de contar histórias, de dois amores, daqueles eternos, dos sonhos, das noites intensas de lua cheia, do sol da manhã, da brisa vespertina, da preguiça ao acordar, do cheiro no pescoço, daquele momento dividido entre os lábios, do sussurro no ouvido, dos contos, dos desejos, da esperança.

Sim! Viva a esperança, curadora, eterna, efêmera, feminina.

Eu gosto de viver, de ser apenas eu, homem, turrão, híbrido, único, admirador, fotógrafo de vida, de luz, de encontro, sempre sonhador.”

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Mariana Caldas

“Sou carioca, cresci em Nova Friburgo, e com 17 anos me mudei para São Paulo, onde me formei em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Terminei o curso em 2010, no mesmo ano em que a fotografia entrou na minha vida. Eu já tinha estudado um pouco na faculdade, mas meu amor por esta arte surgiu de verdade quando eu comprei minha primeira câmera, uma Olympus OM-1.

De repente, eu tinha descoberto a minha forma de me expressar no mundo. Desde então, eu nunca mais parei de estudar, e não tem nada mais delicioso do que sair por aí com a minha câmera na mão. Já tive a honra de trabalhar com títulos e marcas como Revista Gol, MTV Brasil, Revista Trip, Revista TPM, Vogue Noiva, Revista VIP, C-Heads Magazine, Natura, Pernambucanas, entre outras.

Gosto muito de experimentar, ainda trabalho muito com fotografia analógica, mas também faço digital. Minha maior inspiração é a natureza selvagem e as possibilidades sensoriais, e sinestésicas, que uma imagem pode transmitir.”

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Carlos Mafort

“Sou fotógrafo há pelo menos 8 anos. Foi estudando webdesign que descobri que queria ser fotógrafo. Eu estava envolvido com o estudo de tratamento de imagens em um livro cheio de números, gráficos, técnicas de recortes e montagens de fotografias.

Nesse período, o que mais me chamava a atenção eram as fotografias no livro, o conteúdo delas: lindas paisagens, grandes shows e eventos esportivos de artistas que eu sempre admirei. Lembro que nessa época eu estava passando por um período difícil, enfrentando depressão. Então, eu estudava tudo que podia para ocupar a mente.

Foi assim que descobri a fotografia. E minha vida mudou completamente. A depressão deu lugar ao melhor sentimento que alguém pode ter, a euforia de pesquisar, de estudar, e quanto mais eu lia sobre fotografia, melhor eu me sentia. Eu queria ser a pessoa que fazia aquelas lindas imagens dos livros que eu via.

Desde a descoberta do meu interesse pela fotografia, até hoje, eu lutei demais pra conseguir meu sonho. Foi muito estudo, muita dedicação e empenho pra fazer tudo acontecer. Talvez por isso as coisas tenham acontecido tão rápido. Passei por parcerias em portais de notícias na internet, revistas, e trabalhei quase três anos no jornal A Voz da Serra, onde eu dei o meu melhor, já que sou muito crítico com o meu trabalho.

Sou extremamente feliz e grato às pessoas que me ajudaram a crescer e encontrar meu caminho. Já fotografei grandes artistas nacionais e internacionais

cobrindo grandes shows, festivais e eventos esportivos. Esse, certamente, é o tema que mais amo fotografar, fazer fotojornalismo. Estar frente a frente com um grande músico, que você sempre admirou, e ter a responsabilidade de fotografá-lo é algo indescritível, de fazer o coração disparar.

Hoje, trabalho quase que exclusivamente com fotografia comercial de produtos, gastronomia e eventos corporativos. É gratificante ver grandes marcas e empresas representadas através de seu trabalho. Mesmo de folga, quando saio nos finais de semana, tenho minhas câmeras sempre comigo.

Sou apaixonado pela fotografia de natureza, em especial pelo pôr do sol. A região serrana proporciona um visual inigualável no fim de tarde. Certamente não seria uma pessoa feliz se não fosse fotógrafo.”

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Paulo Henrique Carvalho

Em reportagem de A VOZ DA SERRA, de 2016, Paulo Henrique, quase 50 anos de carreira, comentou: “Nos arredores de Friburgo está a beleza deste lugar, em suas matas, rios, animais, pessoas. É onde encontro a força da natureza, a harmonia e o respeito entre o ser humano e o meio. Quanto mais a gente se enfia por aí, em pequenas e perdidas comunidades, mais viajamos no tempo, ao encontro daquela atmosfera amistosa e despreocupada dos moradores de antigamente. Sensibilidade, educação, civilidade, baseados em modéstia sincera. Resumindo, a fotografia me proporciona uma resposta rápida para minhas inquietações”.  

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Henrique Pinheiro

Funcionário de A Voz da Serra há mais de 20 anos, Henrique chefia a gráfica do jornal e nos últimos anos tem se dedicado à nova atividade fazendo a cobertura fotográfica de nossas reportagens. Especialista em tratamento de imagens, não foi difícil para ele dominar a técnica. Com seu olhar perspicaz de repórter, apurado ao longo de anos de íntima convivência com os colegas jornalistas, ele é hoje um craque no ofício e parceiro indispensável da equipe da redação.

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Ivan de Macedo Dias

Fotógrafo há 32 anos, Ivan estudou na Sir John Cass School, em Londres, onde trabalhou para a BBC cobrindo pesquisa de audiência no Marrocos e Egito. Fez o Curso Bloch, tutoriado por Orlando Abrunhosa e ministrou workshops por dois anos na Universidade Federal de Pernambuco; foi assistente dos fotógrafos Márcia Ramalho e Milton Montenegro, quando se especializou em fotografia publicitária; foi coordenador de fotografia e modelagem em 3D na Prefeitura de Nova Friburgo e fotógrafo publicitário com ênfase em gastronomia.

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Lucila Dos Mares Guia

Fotógrafa há 30 anos, Lucila estudou fotografia no Museu de Arte Moderna/Rio. Trabalhou para o mercado fonográfico atendendo as principais gravadoras dos anos 1980, cobrindo shows e gravações, como o Free Jazz Festival e Hollywood Rock. No final dos anos 90 se mudou para Recife/PE onde atuou junto às melhores agências de publicidade. Fez still de cinema para a Luni Produções, na série "Assombrações do Recife Antigo" e atualmente vem se especializando em retratos e fotos de família.

 

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