Creche e escolas não funcionam após mortes no Alto de Olaria

O policiamento continua reforçado no bairro. Segundo o comando da PM, está tudo sob controle.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Creche e escolas não funcionam após mortes no Alto de Olaria
A rotina de moradores do Alto de Olaria ainda não tinha voltado ao normal na sexta-feira, 10, depois que operações de combate ao tráfico de drogas da Polícia Militar mataram dois jovens traficantes e prenderam pelo menos outros cinco durante a semana. Apesar de o comércio ter aberto as portas, uma creche e quatro escolas municipais não funcionaram por causa da preocupação dos pais de alunos. O policiamento continua reforçado no bairro. Segundo o comando da PM, está tudo sob controle.

Não há motivo para tensão. O policiamento continuará reforçado no Alto de Olaria por um período indeterminado
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, as aulas foram suspensas na creche Maura Rosa Rodrigues e nas escolas Américo Ventura Filho, Manoel Messias de Moraes Teixeira, São José e Helena Coutinho a pedido dos diretores das instituições, que receberam reclamações de pais preocupados com novos tiroteios. Na quinta-feira, 9, os alunos da creche e da escola Américo Ventura Filho foram dispensados mais cedo porque os pais temiam mais confrontos durante o dia. Segundo a prefeitura, as aulas voltam ao normal na próxima segunda-feira, 13.

Apesar de alguns moradores relatarem em redes sociais que o clima no bairro continua tenso, o major Rodrigo de Mattos, comandante interino do 11º BPM, afirmou que os relatos são boatos. “Não há motivo para tensão. O policiamento continuará reforçado no Alto de Olaria por um período indeterminado porque nós estamos realizando um estudo para a implantação de uma Unidade de Polícia de Proximidade [modelo diferente das UPPs implantadas no Grande Rio]no bairro”, disse pelo telefone. O projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública está em fase de estudos e prevê outras unidades para outros bairros de Nova Friburgo. 

Ainda segundo o comando da PM, os donos de bares fecharam as portas dos estabelecimentos, na quinta-feira, porque tinham alguma ligação com os jovens mortos. “Alguns fecharam o comércio para irem aos velórios. À tarde, voltaram ao normal”, disse o major, acrescentando que os policiais não se sentiram intimidados com as pichações de frases com ameaças nos muros de algumas casas. “Infelizmente a pessoa que fez isso cometeu um crime contra o patrimônio privado, e está a favor dos marginais. Mas, a maioria dos moradores do bairro é gente de bem. Nós recebemos muitos mensagens de moradores pelo 190 e pelo WhatsApp elogiando a presença dos policiais no local, e pedindo que a gente continue com as operações no bairro”, explicou o policial. 

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TAGS: Drogas | PM | Segurança
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