Conheça as principais montanhas a serem exploradas em Nova Friburgo

Com subidas leves a moderadas, picos podem ser facilmente conquistados, mesmo por pessoas sem prática
sábado, 20 de julho de 2019
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Amkigos no Chapéu da Bruxa (Arquivo pessoal)
Amkigos no Chapéu da Bruxa (Arquivo pessoal)

Em junho foi aberta a temporada de montanhismo em Nova Friburgo. Cercada por montanhas, a cidade bicentenária tem em seu DNA atividade como uma das principais formas de turismo, embora não seja tão explorada e financiada pelo poder público.

Se podemos falar em “hora do rush” para subir montanhas, com certeza o melhor horário é sempre pela manhã, para ver o nascer do sol. É durante o inverno que temos as manhãs mais limpas e bonitas. O frio é um charme à parte, as vezes um obstáculo, outras vezes um tempero que deixa a vista ainda mais saborosa.

Não podemos reclamar, as opções de montanhismo são inúmeras. Nesta reportagem vamos abordar um pouco de outras montanhas mais frequentadas pelos friburguenses, turistas e amantes da prática. Vale lembrar que quase todas podem ser exploradas por “amadores” em montanhismo, ou seja, rigorosamente, por qualquer pessoa.

Pedra do Imperador

Apesar de não ser localizada no centro da cidade, a Pedra do Imperador (cujo formato também lembra a de um elefante, quando vista dos bairros Cônego e Cascatinha) é uma pedra central. É a montanha mais fácil de se ver, embora seja bem menor em altitude se comparada ao Pico da Caledônia.

Com 1.400 metros acima do nível do mar, a subida, considerada leve, faz com que muitos adeptos às trilhas visitem o local com frequência. A vista também é de tirar o fôlego. Com visão ampla para os bairros Cônego, Cascatinha, Olaria, Alto de Olaria, Centro, Duas Pedras e também o distrito de Mury, é um ótimo programa, também, para quem procura aventuras mais radicais como alpinismo.

O acesso é pelo bairro da Granja do Céu, podendo-se chegar nela à pé, de carro até uma parte ou de ônibus. A parte final da trilha e a mais íngreme e consiste em um caminho calçado com pedras. A partir da estrada de chão, a caminhada até o topo dura cerca de uma hora. Para os menos preparados, o percurso pode ser feito em aproximadamente uma hora e 20 minutos. 

Três Picos

O Parque Estadual dos Três Picos (foto) é o maior do estado e  reserva inúmeras belezas naturais e uma quantidade de montanhas a se conquistar. Os apaixonados pelo tracking e alpinismo tem várias opções como a Cabeça do Dragão, Capacete, Três Picos, Caixa de Fósforo, entre outras. É lá que está o ponto culminante da Serra Mar, o Pico Maior, com 2.361 metros. A parede de 700 metros tornou-se um local de paraíso para os escaladores. Só é possível acessar qualquer um dos três picos via escalada. A subida é considerada de nível pesado. 

A Caixa de Fósforo tem 1.803 metros de altitude, a maior parte do caminho é plana e considerada de nível leve. A parte final é bem íngreme, sendo necessário o uso de correntes para atingir o cume da montanha. O Pico da Cabeça do Dragão é um dos mais procurados por conta do seu acesso mais fácil. Não há a necessidade de escalar, durante boa parte a subida é pouco íngreme. Somente a parte final, onde um caminho feito de pedra, com boa aderência, mas muito íngreme, faz com que a pessoa tenha que se agachar para alcançar o topo.

Catarina Mãe

Das Catarinas (pai, mãe e filho), é a montanha mais fácil de subir.  São 1.430 metros acima do nível do mar. De acordo com o site Descubra Nova Friburgo, a formação rochosa recebeu esse nome em homenagem a uma das embarcações a vela chamada Chaterine, que trouxe a cidade de Nova Friburgo os primeiros colonizadores suíços, em 1819.

Não é necessário escalar para chegar ao cume da montanha. O caminho é bem acessível, inclusive de carro com tração nas quatro rodas. Alguns mais aventureiros vão de bicicleta. Quem costuma deixar o carro no Vale dos Pinheiros e ir andando, demora cerca de duas horas para acessar o topo. Atualmente a última parte do acesso, uma estrada de chão, encontra-se com o solo de terra batida bastante prejudicado pela erosão. É preciso ter cuidado para não cair.

Chapéu da Bruxa

Outro ponto de fácil acesso e com uma subida relativamente tranquila é a Trilha do Chapéu da Bruxa, entre os bairros Cascatinha e Vargem Grande. Com 1490 metros de altitude a montanha, que também é conhecida como Nariz do Diabo, é um dos principais destinos para quem gosta de uma boa caminhada. 

A parte final, a mais íngreme, é a mais “puxada”. Uma corrente foi fixada na pedra para ajudar as pessoas no “sprint” final. Do início da trilha até o cume, geralmente leva-se em torno de uma hora. Até chegar a corrente, o caminho tem uma subida com inclinação leve para moderada. No cume há visão dos Três Picos, do Morro do Cardinot, da Pedra da Pirâmide, Pedra da Catarina, Pedra do Imperador, Pico da Caledônia, além de grande parte da cidade.

 

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TAGS: Meio Ambiente | Turismo
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