Apesar do indicativo de retorno às aulas da graduação para a próxima segunda-feira, 10, ainda são muitas as condições que precisam ser atendidas pelo Estado para que a Uerj possa voltar a funcionar plenamente. Dando continuidade à cobertura da mobilização social em torno do campus friburguense da Uerj, A VOZ DA SERRA publica entrevista exclusiva realizada com o ex-deputado estadual Carlos Guimarães, de atuação decisiva no início dos anos 90 para a sobrevivência do instituto.
Naturalmente o IPRJ deve ser muito caro para o senhor, que ainda no início trabalhou pela sua preservação, quando era deputado estadual.
Sim, muito caro.
Sendo assim, como o senhor vê toda esta mobilização social em torno de um projeto que ajudou a construir, e o que se espera como resultado de todo este esforço pela continuidade do IPRJ?
Além do Fórum Supera Rio, houve também um encontro anterior, realizado pela Câmara Municipal, e eu acredito que esses eventos sejam importantes para que a comunidade se envolva mais com a Uerj. Porque muitas vezes as pessoas não dão a devida importância ao que significa ter uma universidade pública na cidade. A tragédia climática de 2011 acabou resultando numa aproximação física, porque a Uerj ficava um pouco isolada quando funcionava no imóvel do antigo colégio Nova Friburgo, era difícil a comunidade estar presente. Acredito que este momento é fundamental para que a Prefeitura, a Câmara de Vereadores, as associações busquem maneiras de ajudar o Instituto a funcionar da melhor forma. E entendo que seja de grande relevância ressurgir na discussão pública a importância da Uerj para Nova Friburgo, e para os jovens de Nova Friburgo e da região.
O que o senhor diria para a parcela da sociedade friburguense que não conhece o IPRJ?
Eu penso que devem visitar o campus. O diretor, professor Ricardo Barros, é uma pessoa extremamente gentil, os professores também, os funcionários são muito dedicados. Eu acho que as pessoas devem conhecer o Instituto, saber quais são os cursos que são oferecidos. Se fizerem isso, eu tenho certeza que muitos vão se interessar e prestar o vestibular para que possam estudar ali
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