Cadão volta a andar e surpreende em recuperação da fratura

Zagueiro do Friburguense chegou a pensar na hipótese de encerrar a carreira
quarta-feira, 22 de março de 2017
por Vinicius Gastin
Em recuperação, zagueiro já consegue dobrar a perna
Em recuperação, zagueiro já consegue dobrar a perna

Houve quem duvidasse. Mas aqueles que acompanham a carreira e o dia a dia do capitão Cadão jamais deixaram de acreditar na recuperação do zagueiro do Friburguense. O jogador de 45 anos não só avança no processo de recuperação das fraturas na tíbia e na fíbula da perna direita, como também surpreende. O zagueiro contrariou as previsões iniciais de, no mínimo, dois meses sem sequer colocar os pés no chão e já iniciou o trabalho de fisioterapia. A lesão aconteceu no dia 22 de janeiro, durante amistoso contra o Macaé no Eduardo Guinle.

“Eu tive uma contusão grave, mas é apenas mais uma barreira de tantas outras que vou superar na minha vida. Só posso agradecer por todo o apoio e pelo carinho, pelas mensagens de incentivo. Em breve estarei de volta. Pretendo encerrar minha carreira dentro de campo com a camisa do Frizão. Creio em Deus e na minha recuperação”, disse em sua primeira declaração após a operação.

Prometido e cumprido. Talvez na velocidade que nem ele próprio poderia imaginar. Cadão já consegue caminhar e fazer diversos movimentos com a perna direita, inclusive dobrá-la. O trabalho é acompanhado de perto pelo fisioterapeuta do clube, Junior Arrais, e demais membros do departamento médico tricolor. O jogador também realiza trabalho na piscina e sessões de fisioterapia quase diárias.

A cirurgia, de aproximadamente três horas, aconteceu no dia seguinte à lesão, 23 de janeiro. Desde então é presença constante em treinos da equipe, sem deixar de cumprir o passo a passo de sua recuperação. “A questão da idade faz uma diferença, por conta do detalhe fisiológico, mas apenas porque é diferente da condição de um garoto de 18 ou 20 anos. O acompanhamento da equipe do clube permite constatar que os quatro (Cadão, Bidu, Sergio Gomes e Ziquinha) realmente são muito privilegiados. Em todas as pré-temporadas, por exemplo, o Cadão é sempre uma referência no condicionamento físico e resistência. Da mesma forma o Bidu, o Sergio e o Ziquinha. O parâmetro é muito legal, até pelo número pequeno de lesões durante as temporadas. A condição deles é privilegiada”, destacou Junior Arrais em entrevista recente.

Atualmente com 45 anos, Cadão chegou ao Eduardo Guinle em 1996, e é o jogador que mais vestiu a camisa do Friburguense em toda a história. De acordo com registros oficiais, o zagueiro esteve presente em 412 jogos do clube, em quase todos carregando a braçadeira de capitão. Um dos líderes do elenco e ídolo da torcida, é o segundo maior artilheiro do Tricolor da Serra, com 41 gols marcados, atrás apenas de Ziquinha, que possui 47.

Após a queda do Friburguense em 2016, Cadão chegou a pensar na hipótese de encerrar a carreira, mas a vontade de recolocar o clube na elite estadual e a condição física privilegiada contribuíram para que continuasse a defender o Tricolor da Serra. Além disso, iniciou a carreira de treinador ao comandar o time de juniores no Torneio Otávio Pinto Guimarães do ano passado.

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