Antônio, um dos santos mais queridos do Brasil

Ele também é conhecido como o santo dos pobres, dos enfermos e dos desamparados
sábado, 13 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra
Antônio, um dos santos mais queridos do Brasil

O padre jesuíta Antonio Vieira assim o definiu em um sermão que realizou em São Luís do Maranhão, em 1663: “Se vos adoece o filho, Santo Antonio; se requereis o despacho, Santo Antonio; se perdeis a menor miudez de vossa casa, Santo Antonio; e, talvez, se quereis os bens alheios, Santo Antonio”.

De acordo com a tradição, são realizadas duas espécies de reza e festa em homenagem ao santo padroeiro de Lisboa: a primeira delas, chamada “os responsos”, é realizada quando o santo é invocado para achar coisas perdidas; e a segunda, designada “trezena”, é a cerimônia dedicada ao santo, do dia 1º ao dia 13 de junho, com cânticos, fogos, comes e bebes e uma fogueira com o formato de um quadrado.

Na tradição brasileira, o devoto de Santo Antonio gosta de ter sua imagem pequena para poder carregá-la. Por esse e tantos outros motivos ele é considerado o “santo dos milagres”.

Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo dia 13, as igrejas distribuem aos pobres e afortunados os famosos pãezinhos de Santo Antonio. No Brasil, reza a tradição que o pãozinho deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, para garantir que não faltará comida durante todo o ano.

Um padre erudito e protetor dos enamorados

Entre tantas virtudes do querido santo, a que se tornou mais popular, sem dúvida, foi a de santo casamenteiro. A ponto de poucos conhecerem a sua erudição, cultivada em sua terra natal, Lisboa, e em Coimbra. Nascido em 1195, recebeu o nome de Fernando na pia batismal. Formado em Direito, no Convento de Santa Cruz, em Coimbra, Antonio era profundo conhecedor das obras de Aristóteles, Cícero, Boécio, Sêneca e Plínio, e distinguia-se de seus companheiros por seu notório saber. Também formado em teologia, era místico, asceta, além de grande orador. 

Como primeiro doutor da Igreja Franciscana, até mesmo São Francisco o procurava para pedir conselhos. Para São Boaventura, Antonio possuía a sabedoria dos anjos. Seus sermões eram considerados ricos e ao mesmo tempo de fácil entendimento pelo povo, e não à toa ele é tido até hoje como o santo dos pobres, dos enfermos e dos desamparados, os que buscam algo ou alguém.

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