Alunos de escola interditada no Floresta vão estudar em unidade no Parque das Flores

Aulas em novo espaço devem começar na próxima terça-feira
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
por Karine Knust
Escola Municipal Lafayette Bravo Filho foi interditada pela Defesa Civil no fim do mês passado (Fotos: Divulgação/Secom)
Escola Municipal Lafayette Bravo Filho foi interditada pela Defesa Civil no fim do mês passado (Fotos: Divulgação/Secom)

A Escola Municipal Izabel Gomes Siqueira, no Parque das Flores, será a unidade responsável por abrigar os alunos da escola Lafayette Bravo Filho, a partir desta próxima semana. A novidade foi anunciada nesta última quinta-feira, 9, pela secretaria de Educação do município. A Lafayette Bravo, localizada no Alto do Floresta, foi interditada no último mês, antes do começo do ano letivo, após uma vistoria realizada pela Defesa Civil e demais representantes do governo municipal, que constatou a necessidade urgente de reformas no local.  

Segundo o governo municipal, nesta segunda-feira, 13, haverá uma reunião com os pais dos alunos para esclarecer todo o processo de mudança. A intenção é que as aulas no novo espaço já comecem na terça-feira, 14. De acordo com a secretaria municipal de Educação o transporte será providenciado pelo município. Nesta última quinta-feira, 9, inclusive, foi enviado ofício à Faol, concessionária responsável pelo transporte público na cidade, solicitando uma linha exclusiva da Escola Municipal Lafayette Bravo Filho, no Alto do Floresta, para a Escola Municipal Izabel Gomes Siqueira, no Parque das Flores. Ainda segundo a pasta, os estudantes serão acompanhados diariamente por um responsável da unidade durante o trajeto de ida e volta.

Os alunos da Lafayette Bravo Filho ocuparão as salas ociosas da Escola Municipal Izabel Gomes Siqueira e estudarão no mesmo horário, de dois turnos, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que também funcionava na escola do Alto do Floresta. A unidade do Parque das Flores, também em Conselheiro Paulino, é uma construção nova, inaugurada em junho de 2016, pelo governo Rogério Cabral. Segundo o município, os estudantes ficaram no local de maneira provisória, até que a unidade do Alto do Floresta seja reformada.

Estrutura deteriorada

Construída há aproximadamente 40 anos, a Escola Municipal Lafayette Bravo Filho, de acordo com o governo municipal, é considerada uma das unidades com a estrutura mais precária da rede e não recebe reformas há pelo menos 15 anos. A unidade possui cerca de dez salas de aula, banheiros, cozinha, refeitório, pátio, quadra, além de salas para direção, professores e secretaria. De acordo com município, todos os ambientes apresentaram problemas.

Foram constatadas muitas infiltrações no telhado e forro dos cômodos, vazamento de esgoto, trincas nos muros da quadra, ferragens aparentes, salas sem piso, entre outros problemas. A VOZ DA SERRA entrou em contato com a prefeitura para saber qual a previsão para início das obras, quais intervenções serão realizadas e qual a estimativa de gastos para reforma, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.  

Ponto de Apoio

Além de funcionar como instituição de ensino, o espaço no Alto do Floresta também funcionava como ponto de apoio para moradores do bairro, em dias de fortes chuvas. Com a precariedade da escola, a Defesa Civil precisou retirar o ponto de apoio do local. A VOZ DA SERRA também entrou em contato com o governo municipal para saber se já foi definido um novo espaço para abrigar o ponto de apoio, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

O loteamento Floresta foi fortemente afetado pela catástrofe climática de 2011. Dezenas de pessoas morreram ou ficaram desabrigadas devido ao deslizamento de encostas na localidade. A região é considerada área de risco.

 

  • Unidade do Parque das Flores, também em Conselheiro Paulino, foi inaugurada em junho de 2016

    Unidade do Parque das Flores, também em Conselheiro Paulino, foi inaugurada em junho de 2016

  • Infiltrações no telhado e forros das salas foram alguns dos problemas identificados em unidade no Alto do Floresta

    Infiltrações no telhado e forros das salas foram alguns dos problemas identificados em unidade no Alto do Floresta

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