A Voz dos Bairros - Olaria precisa de mais ordem no trânsito e recapeamento das ruas

sexta-feira, 05 de novembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Olaria é o bairro mais populoso de Nova Friburgo e tem quase tudo. Os pontos fortes são o comércio e as confecções de moda íntima. A criançada do bairro tem como única opção de lazer o parquinho infantil, na Praça 1º de Maio. O bairro, distante cinco quilômetros do Centro, é todo urbanizado, com boa infraestrutura. As ruas são pavimentadas, embora com muitos buracos; o suprimento de energia elétrica e água é bom (e agora também com esgoto coletado e tratado); a iluminação pública contempla todas as vias, embora em algumas delas seja deficiente; é bem suprido de ônibus urbanos, tem posto dos Correios, pontos de táxi, entrega de gás em domicílio e boas escolas e colégios, públicos e particulares. Os fiéis contam com igrejas de praticamente todos os credos. Com tantas qualidades, os imóveis do bairro são muito valorizados.

Na Praça 1º de Maio funciona o Departamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da Polícia Militar. Do lado da Paróquia Nossa Senhora das Graças, a praça tem o nome de Monsenhor Mielli. Taxistas dali sugerem melhor iluminação, a retirada das grandes árvores e a implantação de um chafariz, além de um guarda para tomar conta dos jardins. Como medida imediata, sugerem a retirada e o encaminhamento dos mendigos.

A sede da Autran fica no bairro, mas não há um agente sequer em suas ruas. Os motoristas param em frente aos portões de garagens e no ponto de táxi, deixando moradores e profissionais sem poder estacionar. Toda atenção é pouca na complicada confluência da Praça Monsenhor Mielli, Avenida Júlio Antônio Thurler e ruas Presidente Vargas e Maria D’Ângelo Magliano, principalmente no horário de entrada e saída dos alunos do Colégio Nossa Senhora das Graças. Taxistas sugerem a volta da entrada e saída dos alunos pela Rua Nossa Senhora das Graças.

O policiamento é tido como bom, embora alguns moradores julguem necessárias mais rondas pelo bairro. O comerciante Marco Antônio Agrello é um dos que reclamam do trânsito. Frequentemente são registrados retenções, desrespeitos e abusos de todo tipo por parte dos motoristas. O asfalto das ruas está em precárias condições de manutenção e não há nenhuma sinalização quanto ao polo de moda íntima do bairro. Marco cobra melhorias na iluminação pública, principalmente nas ruas São Roque, no ponto final da linha de Olaria, e Maria D’Ângelo Magliano. Nesta última, ele ainda sugere a poda das árvores e que a ponte seja alargada, para melhorar o trânsito no local. O comerciante lembra da expectativa em que se encontram seus colegas quanto à reurbanização da Rua Presidente Vargas, conforme projeto antigo. Pelo que lhe consta, “até a verba do governo federal já havia sido liberada e o projeto ainda não saiu do papel”. Ele se queixa também da falta de eventos no bairro neste período de festas: “As festas natalinas estão chegando e Olaria é um bairro esquecido”, afirma.

O vendedor Ozéas Gastim lembra que a Rua Presidente Vargas não tem placas com o nome. Isso confunde as pessoas, principalmente os visitantes. Amadeu Rodrigues também reclama dos buracos nas ruas e da irregularidade do horário dos ônibus. Às vezes demoram; outras vezes chegam dois ou três de uma só vez.

Quem igualmente reclama da pavimentação das ruas de Olaria e da demora na revitalização da Rua Presidente Vargas é o comerciante Mário Sérgio Abreu. Ele também clama por mais união dos comerciantes do bairro para realização de promoções, como para o Natal.

Já Hamilton Taixeirão, o Tostão, reivindica melhorias no posto de saúde Tunney Kassuga, tanto no atendimento quanto na parte física e na calçada, toda irregular. Tostão também considera a feira de Olaria inchada, com muitos atravessadores. Para ele, a feira carece de reordenamento. “Poderia ser realizada em outro lugar, e não nas ruas centrais do bairro, como, por exemplo, o espaço da Via Expressa, onde poderia ser construído um mercadão, como na Vila Amélia”, sugere.

Gilmar Costa Jardim, o Corujão, julga que Olaria tem quase tudo, o que facilita para os moradores, que não precisam se deslocar ao Centro. Em sua opinião, falta um cartório no bairro e atividades esportivas e de lazer, como uma pista de skate para as crianças.

O comerciante Dalmo Lopes Gualberto, conhecido como Dalminho, diz que Olaria poderia ser mais bem cuidado se a secretaria do bairro tivesse mais apoio da Prefeitura para atuar, como maquinário, caminhões e material humano capacitado. Ele lamenta que árvores plantadas pelos próprios moradores na Rua São Roque tenham sido aniquiladas por podas mal feitas, verdadeiros cortes rasos. Algumas nem brotaram mais. Ele também fez referências às ruas esburacadas e à iluminação pública deficiente.

FAOL – O gerente operacional da Faol, Bruno Mayer, informou que os problemas de horários dos ônibus de Olaria ocorrem quando há trânsito, ocasionando a concentração de oferta. No entanto, os despachantes estão orientados a tomar medidas operacionais corretivas, a fim de resolver o problema e distribuir os carros para manter a frequência da linha.

PREFEITURA – O secretário de Comunicação Social da Prefeitura, David Massena, enviou e-mail com as seguintes respostas:

ILUMINAÇÃO - O secretário especial de Olaria, Rafael Guimarães, informou que, embora não tenha recebido reclamações, entrará em contato com o Departamento de Iluminação Pública e Energisa para solicitar a revisão;

REURBANIZAÇÃO DA RUA PRESIDENTE VARGAS – Realmente existe um projeto, mas ainda não foi orçado. Diferente do projeto para Praça Primeiro de Maio, que já está orçado;

POSTO TUNNEY KASSUGA – A Fundação Municipal de Saúde informou que uma arquiteta já esteve no local para estudar mudanças na policlínica, pois o plano municipal de saúde prevê transformar o Tunney Kassuga num centro de atenção especializada à mulher, da criança e do adolescente, e precisará de adequações;

FEIRA LIVRE – O secretário especial de Olaria, Rafael Guimarães, informou que o assunto está sendo estudado;

TRÂNSITO – Foi feito contato, mas não conseguido retorno do superintendente, Vanor Breder Pacheco.

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